2005-12-14 16:52:25

Doze milhões de pessoas com fome na Africa Austral


Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação dá conta da grave situação que a África Austral está a atravessar. São quase 12 milhões de pessoas que precisam de alimentos “urgentemente”, com especial gravidade no Zimbabué e no Malawi.
Quase 12 milhões de pessoas na África Austral, especialmente no Zimbabué e no Malawi, precisam “urgentemente” de alimentos, alertou a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Num novo relatório sobre a situação na região, a FAO manifestou ontem preocupação pela insegurança alimentar, apesar de este ano haver melhores colheitas em relação ao ano passado. O documento alerta em especial para a situação no Zimbabué, onde cerca de três milhões de pessoas recebem mensalmente rações de cereais e legumes do Programa Alimentar Mundial (PAM).

Neste país, segundo a organização, são necessárias 50 mil toneladas de milho, mas apenas metade estão disponíveis, enquanto a quantidade de fertilizantes também está reduzida a metade, relativamente a 2004. No Malawi, a situação também se agravou com o aumento do preço do milho e um nível de ajuda que “deixa muito a desejar, apesar das promessas de ajuda por parte dos doadores internacionais”, refere o documento.

A Somália é já um constante caso de preocupação para a FAO, dado que mais de 900 mil pessoas precisam de “ajuda urgente” e a situação agrava-se com a instabilidade no país, que prejudica a distribuição de ajuda. O Sudão também atravessa uma situação “alarmante”, especialmente na região de Darfur, onde persiste um conflito há quase três anos, que provocou mais de 1,5 milhões de deslocados e refugiados. A lista de países com necessidades urgentes inclui ainda a Eritreia, Etiópia, Níger, Mali e Mauritânia.

Moçambique

Entretanto, a União Europeia atribuiu mais de cinco milhões de euros a sete projectos de desenvolvimento rural, educação, saúde e bem-estar em seis províncias de Moçambique, dos quais 900 mil euros são para acções de desminagem no país. A UE e organizações não governamentais europeias assinam hoje, em Maputo, acordos para a implementação destes projectos, que incluem programas contra minas anti-pessoais em Moçambique.

Moçambique vai ainda receber da China um donativo de um milhão de dólares para apoio às vítimas e consequências da seca prolongada no país, disse ontem o embaixador de Pequim em Maputo, Hong Hong.








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