2005-12-13 14:15:28

Na mensagem para o dia mundial da paz 2006 Bento XVI condena o terrorismo e o fundamentalismo afirmando que o terrorismo é um crime contra a paz. O Papa lança um apelo ao desarmamento para ajudar o desenvolvimento dos paises pobres


Nesta terça feira na Sala de Imprensa da Santa Sé foi apresentada aos profissionais da informação a mensagem de Bento XVI para o dia mundial da paz 2006 sobre o tema, “na verdade a paz”.
Não obstante alguns sinais de esperança, o mundo ainda está longe da verdade da paz, ameaçada pela mentira, pelo terrorismo filho do niilismo e fundamentalismo, pelas descriminações, pela violência, pelas demasiadas armas, especialmente aquelas nucleares, em circulação. Por isso o Papa confirma a firme vontade da Igreja Católica de trabalhar pela paz e pede por isso a colaboração de todos os cristãos, das outras religiões e dos homens de boa vontade.
O Papa confirma vontade firme da Santa Sé de continuar a servir a causa da paz pedindo ao mundo que trave as mentiras que como nos ensinaram as ideologias do século passado levam ás supressões e ao extermínio .Em relação á mentira e ao drama do pecado o Papa afirma: “Basta pensar naquilo que aconteceu no século passado, quando aberrantes sistemas ideológicos e políticos mistificaram de forma programada a verdade, levando à exploração e à supressão de um número impressionante de homens e mulheres, exterminando mesmo famílias e comunidades inteiras”.A verdade da paz continua a ser comprometida e negada de maneira dramática pelo terrorismo que é capaz de manter o mundo em estado de ânsia e insegurança. Os terroristas são inspirados por um niilismo trágico ao lado do qual se encontra um fanatismo religioso, um fundamentalismo que pode inspirar e alimentar propósitos e gestos terroristas. Por um lado o niilismo nega a existência e providencial presença de Deus na história; o fundamentalismo fanático desfigura o seu rosto amoroso e misericordioso, substituindo-O por ídolos feitos à própria imagem.
O Papa salienta depois que numa guerra nuclear, não haveria realmente vencedores, mas apenas vítimas. A verdade da paz requer que todos — tanto os governos que de forma explícita ou tácita possuem armas nucleares, como os que pretendem consegui-las — invertam conjuntamente a marcha mediante opções claras e decididas, orientando-se para um progressivo e concordado desarmamento nuclear. Os recursos assim poupados poderão ser destinados para projectos de desenvolvimento em benefício de todos os habitantes e, em primeiro lugar, dos mais pobres.
A Santa Sé confirma a própria confiança na ONU desejando uma renovação institucional e operativa que a ponha em condições de responder às novas exigências da época actual, marcada pelo vasto fenómeno da globalização.
Bento XVI regista com prazer na sua mensagem prometedores sinais no caminho da construção da paz, em particular para as aflitas populações da Palestina, a Terra de Jesus, e para os habitantes de algumas regiões da África e da Ásia, que há vários anos esperam a conclusão positiva dos percursos iniciados de pacificação e reconciliação. São sinais consoladores que requerem, para ser confirmados e consolidados, uma acção concorde e diligente por parte sobretudo da Comunidade Internacional e dos seus Órgãos instituídos para prevenir os conflitos e dar solução pacífica aos que ainda perduram.
A concluir a sua mensagem o Papa admoesta as autoridades que, em vez de realizarem quanto está ao seu alcance para promoverem eficazmente a paz, fomentam nos cidadãos sentimentos de hostilidade contra outras nações, assumindo uma gravíssima responsabilidade: colocam em perigo, em regiões de alto risco, os delicados equilíbrios alcançados à custa de árduas negociações, contribuindo assim para tornar mais inseguro e nebuloso o futuro da humanidade.(ver texto integral em "documentos")
 







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