Comunidade de Santo Egídio critica execução nos EUA
A Comunidade de Santo Egídio considera que a execução de Stanley «Tookie» Williams,
na Califórnia, foi uma “vergonha evitável”.
"Tookie" Williams, de 51 anos,
condenado à morte em 1981 pelo assassínio de quatro pessoas, foi hoje executado por
injecção letal, na penitenciária de San Quentin, perto de São Francisco. Williams
afirmou estar inocente, e desde a sua condenação à pena capital repudiou o seu passado:
a partir da cela dedicou-se à escrita de livros infantis e militou contra a violência,
tendo sido apontado por várias vezes como candidato ao Nobel da Paz.
Para a
Comunidade de Santo Egídio, conhecida pela sua militância contra a pena de morte,
a execução foi “um crime a sangue frio do qual ninguém, nem na Califórnia nem no mundo,
obterá qualquer benefício”.
Um comunicado hoje divulgado, critica duramente
“a estupidez e o horror de uma justiça que, para salvar vidas humanas, elimina outras”,
bem como “o anacronismo e a impotência de um sistema que rebaixa a sociedade civil
ao nível do assassino”. O documento critica ainda a decisão do governador Arnold Schwarzenegger
de não comutar a pena a "Tookie" Williams.
Desde o restabelecimento da pena
capital, em 1976, já foram executadas mil pessoas nos EUA.