Os governos das nações defendam os débeis e os últimos, foi o apelo do Papa durante
a Audiência geral , com um convite também aos sacerdotes a doar a vida pela glória
de Deus e a salvação das almas.
Deus faz a opção de defender os débeis, as vitimas, os últimos: isto é comunicado
a todos os reis, para que saibam qual deve ser a sua decisão no governo das nações.
Foi o que afirmou esta quarta feira Bento XVI na audiência geral na Praça de São Pedro,
dedicando a sua catequese ao comentário do Salmo 137 “hino de acção de graças”.
O Papa, falando a cerca de 20 mil fiéis, deteve-se nos versículos do salmo onde se
descobre que Deus é certamente excelso e transcendente, mas olha para o humilde com
afecto, e afasta do seu olhar o soberbo em sinal de rejeição e de juízo. Daqui a chamada
em causa a nível mundial, dos responsáveis das nações, acrescentou Bento XVI, sublinhando
depois, improvisando, “não só daquele tempo, mas de todos os tempos”. Depois de
ter falado das hostilidades que podem apresentar-se diante do justo durante o seu
caminho na historia, o Papa afirmou que “ele sabe que o Senhor nunca o abandonará
e estenderá a sua mão para o sustentar e guiar. Devemos ter a certeza - concluiu
Bento XVI - que por muito que sejam pesadas e tempestuosas as provações que nos esperam,
nós nunca seremos abandonados a nós próprios, nunca cairemos fora das mãos do Senhor”.
Os sacerdotes devem dar a vida pela gloria de Deus e a salvação das almas, afirmou
o Papa durante a audiência geral, dirigindo-se aos participantes no encontro promovido
pela Congregação para o Clero para recordar os 40 anos do documento conciliar “Presbyterorum
ordinis”. “Queridos irmãos – disse Bento XVI – este documento conciliar marcou
uma etapa de importância fundamental na vida da Igreja no que diz respeito á reflexão
sobre a natureza e sobre as características do sacerdócio ministerial que configura
os presbíteros a Jesus Cristo, chefe e pastor do seu povo. “A sua imagem e ao seu
serviço – acrescentou o Papa – os sacerdotes devem doar a vida pela glória de Deus
e a salvação das almas”.