2005-12-07 12:38:08

Conselho ministerial da OSCE terminou sem declaração


O XIII Conselho ministerial da OSCE terminou esta terça feira em Ljubljana, sem a adopção de uma declaração final, devido às divergências entre a Rússia e membros do bloco ocidental sobre a retirada das tropas russas da Moldova.

O subsecretário de Estado norte-americano, Nicholas Burns, afirmou à imprensa que os princípios da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), ou seja, os direitos humanos e a democracia, “são mais importantes do que conseguir uma declaração final do Conselho”. Várias fontes diplomáticas europeias confirmaram a percepção do subsecretário de Estado norte-americano.

Os Estados Unidos e os seus parceiros na NATO consideram a retirada da Rússia das ex-repúblicas soviéticas indispensável para ratificar o modificado Tratado de Forças Convencionais na Europa (TFCE), que pretende baixar os níveis de armamento no Velho Continente.

O norte-americano destacou os progressos alcançados na retirada das tropas russas da Geórgia mas recordou que, no caso da Moldova - onde se encontram 1500 soldados russos -, não houve qualquer progresso desde 2003.

A Rússia comprometeu-se, na cimeira da OSCE de 1999, em Istambul, a retirar todas as suas tropas desses países. No caso da Geórgia, os primeiros passos foram dados em Março deste ano, para prosseguirem com uma retirada gradual até 2008.
O gabinete de Instituições Democráticas e Direitos Humanos da OSCE criticou segunda-feira as eleições presidenciais naquela antiga república soviética, que continua sob forte influência russa.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa surgiu há 30 anos por iniciativa da antiga União Soviética, com o propósito de desenvolver acordos de desarmamento e cooperação. Hoje tem como principal objectivo a defesa e respeito dos direitos humanos, o combate ao tráfico de seres humanos, à intolerância e ao racismo.








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