Que as políticas dos Estados tenham como referência a unidade da família humana":
voto expresso pelo representante da Santa Sé na reunião da OSCE
“A Santa Sé tem em grande apreço a intenção dos Estados participantes de darem toda
a atenção ao flagelo do tráfico de seres humanos, e de apoiarem a adopção de uma abordagem
positiva em relação às vítimas” : palavras do arcebispo Giovanni Lajolo, secretário
da Santa Sé para as relações com os Estados, intervindo nesta terça-feira, em Lubjiana
(Eslovénia), na décima terceira reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da
OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa). Referindo-se à questão
das migrações, o representante da Santa Sé considerou que “a OSCE pode oferecer um
válido contributo para que as políticas dos Estados participantes tenham como referência
a unidade da família humana, e da família de cada migrante, e ofereçam garantias de
prosperidade com respeito por todos”. “Nas áreas do tráfico de seres humanos e
da emigração – acrescentou ainda – são necessárias medidas concretas de assistência
para aliviar os sofrimentos de tantos homens e mulheres e para restabelecer o respeito
pela sua dignidade humana”. Detendo-se finalmente nas estratégias propostas pela
Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, especialmente em relação ao
incremento de fenómenos como “o terrorismo, a proliferação de armas de destruição
de massa, as organizações criminosas trans-nacionais e o tráfico de seres humanos”,
Mons. Lajolo sublinhou que “os objectivos visados pelos Estados participantes permanecem
os mesmos, um dos quais se reveste de especial importância, a saber: a consolidação
da paz através da afirmação simultânea da segurança, da estabilidade, do desenvolvimento
e do respeito pelos direitos humanos”.