2005-12-05 17:01:27

II DOMINGO DO ADVENTO: PAPA CONVIDA TODOS OS HOMENS A DAREM UMA RESPOSTA DE AMOR A DEUS


Cidade do Vaticano, 04 dez (RV) - Ao meio-dia de hoje, Bento XVI assomou à janela de seus aposentos, que dá para a Praça São Pedro e, juntamente com os milhares de fiéis e peregrinos ali reunidos, rezou a oração mariana do Angelus.

Antes, porém, fez sua habitual reflexão, que, neste domingo, teve como tema a liberdade religiosa, um direito muitas vezes negado, por motivos ideológicos ou religiosos, pelo poder político e pelo predomínio cultural do relativismo. Essa foi a denúncia do Papa, neste tempo litúrgico de reflexão interior, que convida todo fiel "a responder _ disse o Papa _ com a abertura, a expectativa, a busca e a adesão".

"Deus espera uma resposta de amor" _ disse o Pontífice, que convidou todos os homens a "aprofundarem sua relação pessoal com Deus". Se Deus é "livre no revelar-se e no doar-se", "do mesmo modo a pessoa humana é livre em dar o seu _ ainda que imperioso _ assentimento" _ explicou o Santo Padre.

E "modelo perfeito de tal resposta" é a Virgem Maria, de quem a Igreja festejará na próxima quinta-feira, dia 8, a Imaculada Conceição. "Aquela que permanece na escuta, sempre pronta a fazer a vontade do Senhor _ disse o Papa _ é um exemplo para o fiel que vive na busca de Deus."

Um tema de grande relevância, assim como a relação entre verdade e liberdade, à qual _ recordou Bento XVI _ o Concílio Vaticano II, 40 anos atrás dedicou "uma atenta reflexão", aprovando a declaração "Dignitatis humanae", sobre a liberdade religiosa, ou seja, sobre o "direito das pessoas e das comunidades de buscar a verdade e professar livremente a própria fé". Liberdade _ ponderou _ que "deriva da singular dignidade do homem".

"Por causa da sua dignidade _ diz o Concílio _ todos os homens, enquanto pessoas dotadas de razão e de livre vontade… são impelidos, por sua própria natureza e pela obrigação moral, a buscar a verdade, em primeiro lugar aquela verdade concernente à religião."

Mas esse direito à liberdade religiosa dos indivíduos e das comunidades até mesmo "no respeito às legítimas exigências da ordem pública" _ lamentou Bento XVI _ está bem longe de ser garantido.

"De fato, a liberdade religiosa está bem longe de ser, em todos os lugares, efetivamente assegurada; em alguns casos ela é negada por motivos religiosos ou ideológicos; outras vezes, embora reconhecida no papel, é impedida de fato, pelo poder político ou mesmo, de modo enganoso, pelo predomínio cultural do agnosticismo e do relativismo."

Após a recitação do Angelus, o Pontífice dirigiu um apelo aos fiéis e peregrinos de língua francesa, em vista do 30º aniversário, na próxima sexta-feira, dia 9, da Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiências, proclamada pela ONU.

"Convido cada um _ disse o Papa _ a trabalhar cada vez mais, para fazer com que as pessoas portadoras de deficiência sejam inseridas na sociedade, no mundo do trabalho, mas, sobretudo, na comunidade cristã, recordando-se que toda vida humana é digna de respeito e deve ser protegida desde a sua concepção até à morte natural." (RL)







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