Cimeira ministerial da OSCE com divisões sobre observação eleitoral
A conferência ministerial anual da Organização para a Segurança e Cooperação na
Europa (OSCE) começou hoje na capital eslovena, Ljubljana, marcada por divergências
entre o ocidente e a Rússia sobre a observação de eleições nas ex-repúblicas soviéticas. Segundo
fontes diplomáticas, estas divergências poderão impedir a adopção de uma declaração
final, esta terça-feira, porque Moscovo quer proibir qualquer conferência de imprensa
da OSCE logo a seguir a actos eleitorais, para evitar julgamentos sem haver resultados
oficiais. Na sessão de abertura da conferência, o chefe da diplomacia esloveno,
Dimitrij Rupel, representante do país que exerce a presidência da OSCE este ano, destacou
o "sucesso geral da organização desde 1975", com a transformação e democratização
de grande parte dos antigos países da União Soviética. No entanto, o ministro esloveno
frisou haver ainda problemas por solucionar e instou à realização de reformas no Azerbeijão
e à continuidade das mudanças no Quirguistão, que este ano mudou para um regime mais
democrático. Rupel pediu ainda ao Uzbequistão que autorize, como prometeu, a presença
de observadores internacionais nos julgamentos dos responsáveis pela sublevação de
Andijan, em Maio último. A OSCE é composta por 55 países, desde a América do Norte
à Ásia Central.