2005-12-04 13:07:13

A liberdade religiosa é ameaçada pelo poder politico e pelo relativismo dissimulado: o homem tem o direito-dever de procurar a verdade cristã, disse o Papa antes da recitação do Angelus. Apelo também á inserção das pessoas com deficiência na sociedade, no mundo do trabalho e na comunidade cristã.


A liberdade religiosa está longe de ser assegurada efectivamente em todo o lado, esta a denuncia de Bento XVI antes da recitação do Angelus com os milhares de fieis congregados este domingo na Praça de S. Pedro. O Papa falou também do Advento em que cada um é chamado a dar uma resposta de amor a Deus.
“Neste tempo de Advento a comunidade eclesial enquanto se prepara para celebrar o grande mistério da Incarnação é convidada a descobrir e aprofundar a propria relação pessoal com Deus. A palavra latina “adventus” refere-se á vinda de Cristo e coloca em primeiro plano o movimento de Deus em relação á humanidade, ao qual cada um é chamado a responder com a abertura, a expectativa, a procura, a adesão. Deus- salientou o Papa- espera uma resposta de amor”.
“Nestes dias a litrugia apresenta-nos como modelo perfeito de tal resposta a Virgem Maria, que quinta feira proxima 8 de dezembro contemplaremos no mistério da Imaculada Conceição.
A Virgem é aquela que permaneçe á escuta, sempre pronta para fazer a vontade do Senhor, e é exemplo para o crente que vive na procura de Deus. A este tema, bem como á relação entre verdade e liberdade, o Concilio Vaticano II dedicou uma reflexão atenta”. Em particular, recordou Bento XVI, os Padres Conciliares aprovaram precisamente há 40 anos uma Declaração sobre a questão da liberdade religiosa, isto é o direito das pessoas e das comunidades de poderem procurar a verdade e professar livremente a sua fé. A liberdade religiosa deriva da singular dignidade do homem que entre todas as criaturas desta terra, é a única capaz de estabelecer uma relação livre e consciente com o seu Criador.
O Papa salientou que “ o Concilio insiste amplamente sobre a liberdade religiosa que deve ser garantida tanto ás pessoas singularmente como ás comunidades, no respeito das legitimas exigencias da ordem pública. E este ensinamento conciliar, passados 40 anos, permanece ainda de grande actualidade. De facto a liberdade religiosa está bem longe de ser assegurada efectivamente em todo o lado: nalguns casos é negada por motivos religiosos ou ideologicos; outras vezes, embora reconhecida no papel, é obstaculada nos factos pelo poder politico, ou de uma maneira mais dissimulada, pelo predominio cultural do agnosticismo e do relativismo.
Rezemos- disse o Papa a concluir- para que cada homem possa realizar plenamente a vocação religiosa que traz inscrita no proprio ser.
Depois da recitação do Angelus, na saudação em lingua francesa o Papa recordou que durante a semana que vem, no proximo dia 9, será celebrado o trigesimo aniversario da Declaração dos direitos das pessoas com deficiencia, proclamada pela ONU, convidando nesta ocasião cada um a trabalhar sempre a favor da inserção das pessoas com deficiencia, na sociedade, no mundo do trabalho, mas também na comunidade cristã, recordando-se que qualquer vida humana é digna de respeito e deve ser protegida desde a sua concepção até ao seu fim natural, e assegurando desde já o seu apoio e oração a todos aqueles que já se dedicam a esta imensa tarefa
 







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