2005-12-03 19:06:37

O MATRIMÔNIO É UM PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE: BENTO XVI ÀS COMISSÕES EPISCOPAIS PARA A FAMÍLIA E A VIDA DA AMÉRICA LATINA


Cidade do Vaticano, 03 dez (RV) - O dever de pastor é apresentar em toda a sua riqueza o valor extraordinário do matrimônio, que como instituição natural, é patrimônio da humanidade. Foi o que disse Bento XVI recebendo em audiência, esta manhã, os participantes do terceiro encontro dos presidentes das Comissões episcopais para a família e a vida da América Latina. O Papa reiterou também seu "não" a novas formas de matrimônio que são estranhas às culturas locais e que alteram a natureza específica dessa instituição.

O Santo Padre expressou a sua gratidão pelas atividades promovidas para "salvaguardar os valores fundamentais do matrimônio e da família, ameaçados pelo atual fenômeno da secularização". Um fenômeno, disse, que impede à consciência social de descobrir, de modo adequado, a identidade e a missão da instituição familiar.

Outra grave ameaça _ acrescentou o Pontífice _ é ultimamente alimentada "pela pressão de leis injustas que não reconhecem os direitos fundamentais da família". Em seguida, o Papa observou que, também entre essas insídias, cresce e se consolida "o compromisso da Igreja em favor da família, que tem suas raízes no desígnio amoroso de Deus e representa um modelo insubstituível para o bem comum da humanidade".

O amor dos esposos vivido com exclusividade, fidelidade e abertura à vida _ recordou o Papa _ constitui a base dessa comunidade de vida que é o matrimônio. Mas o anúncio do Evangelho da família e a meta de um caminho de realização humana e espiritual sofrem graves ataques.

Esse anúncio, disse Bento XVI, é desfigurado por "falsas concepções do matrimônio e da família que não respeitam o projeto originário de Deus". Nesse contexto, foram propostas novas formas de matrimônio que não refletem a cultura dos povos. As conseqüências dessa impostação são alarmantes: "Não se aceitam os princípios morais que permitem salvaguardar a dignidade da pessoa e se facilita a eliminação de embriões com um uso arbitrário da ciência".

"Na América Latina, como no mundo inteiro, as crianças têm direito de nascer e crescer numa família fundada no matrimônio", acrescentou o Papa. "Por isso _ concluiu Bento XVI _, é necessário ajudar todas as pessoas a tomar consciência do mal intrínseco do aborto", que é um atentado contra a vida humana e uma agressão contra a sociedade. (RL)







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