II congresso asiático de pastoral para peregrinações e santuários
"Os santuários são lugares privilegiados, onde Deus acolhe o seu povo. Nesses lugares,
há o atendimento pastoral da família e a defesa da vida e dos direitos humanos, que
devem ser parte integrante do acolhimento e do acompanhamento dos peregrinos."
São
palavras do Cardeal Stephen Fumio Hamao, Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral
para os Migrantes e os Itinerantes, no II Congresso Asiático de Pastoral para as Peregrinações
e os Santuários, realizado recentemente, em Seul, Coréia do Sul.
O Congresso
foi promovido pelo organismo vaticano, em colaboração com a Comissão Episcopal de
Pastoral sul-coreana e teve como tema: "Peregrinações e santuários, dons do Deus-amor
na Ásia hoje".
Participaram 87 responsáveis por peregrinações e reitores de
santuários, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos de 14 países asiáticos, além de
representantes da Confederação Latino-americana dos Santuários e da correspondente
associação nos Estados Unidos.
Nos três dias de trabalhos, foram examinados
os progressos feitos na pastoral, desde o primeiro congresso, realizado em Manila,
em 2003, que visava fazer crescer a colaboração entre os responsáveis pela pastoral
das peregrinações e pelos santuários da Ásia.
Foram depois partilhadas as várias
experiências, para indicar critérios pastorais comuns, respeitando a especificidade
de cada um dos continentes, caracterizados por um pluralismo de culturas, religiões
e tradições.
Foi também debatido o tema dos movimentos migratórios, da inculturação
e do diálogo ecuménico e inter-religioso. Como destacou, de facto, o Cardeal Hamao
na sua intervenção, os santuários "são também lugares de diálogo ecuménico e inter-religioso,
porque é meta de peregrinações de homens e mulheres de diversas Igrejas e comunidades
eclesiais, mas também de fiéis de outros credos religiosos".
O último dia do
congresso foi dedicado à redacção do documento final e à discussão sobre a criação
de uma federação de directores e reitores de santuários, a nível nacional, regional
e continental. Essa federação facilitaria o intercâmbio e promoveria, no continente,
a cultura da vida, a família, o diálogo com os não-cristãos e a assistência aos trabalhadores
migrantes.