Encontro de Bento XVI com novos Embaixadores junto da Santa Sé: a Igreja tem o direito
de falar e pede paz para o mundo
direito dever da Igreja de denunciar os perigos presentes quando a origem e o destino
divino do homem são ignorados ou desconhecidos. Estes os elementos que Bento XVI quis
sublinhar nos encontros com os onze novos embaixadores junto da Santa Sé que nesta
quinta feira apresentaram as suas Cartas Credenciais. A variedade dos paises representados
pelos diplomatas levou o Papa a falar dos problemas dos refugiados, da pobreza extrema
de algumas regiões africanas, da necessidade do diálogo islamo-cristão, da necessidade
que em democracia se resista aos interesses pessoais e da castidade como instrumento
para contrastas a SIDA. Aos responsáveis das nações e homens de boa vontade, o
Papa dirigiu um apelo para que cooperem para fazer cessar a violencia que desfigura
a humanidade e que hipoteca o crescimento dos povos e a esperança de numerosas populações.
Sem o empenho de todos no sentido de fazer a paz,de criar um clima de pacificação
e um espirito de reconciliação a todos os niveis da vida social, a começar pelo ambiente
familiar, não será possivel avançar no caminho de uma sociedade pacificada. Depois
formulou votos que todos os homens do nosso tempo se empenhem a favor da paz e da
reconciliação em todos os continentes, porque não é suficiente decidir a paz para
a alcançar, alé disso é necessário realizar acções concretas a todos os niveis sociais,
para que a paz se possa realizar. O direito da Igreja de denunciar os perigos contra
o homem foi afirmado pelo Papa no discurso ao novo embaixador da Dinamarca junto da
Santa Sé. Falando da crescente secularização da sociedadae dinamarquesa o Papa
recordou os valores que a fé cristã proclama, chamando a atenção em particular para
a defesa da vida desde a concepção até á morte natural e para a estabilidade do matrimonio
e da vida familiar que devem ser salvaguardados em todas as sociedades. Muçulmanos
e cristãos que vivam e trabalhem lado a lado dialogando abertamente para o bem da
sociedadae, respondendo ao desafio da paz no mundo. Tais convivencia e diálogo exigem
muita perseverança. Foi o que Bento XVI afirmou no discurso ao Embaixador da Argélia
junto da Santa Sé. O acolhimento dos refugiados e emigrantes em fuga da pobreza,
tensões politicas e violencia – salientou o Papa – é um dever das nações e é um sinal
de uma sociedadae autenticamente civil.Embora não seja fácil para os governos locais
e nacionais, sempre a braços com problemas economicos e sociais, dar um emprego a
quem procura uma vida melhor. Foi o que disse o Papa dirigindo-se ao Embaixador da
Africa do Sul junto da Santa Sé. Enfrentou o tema dos refugiados no discurso ao Embaixador
da Eritreia afirmando que a Igreja está proxima das pessoas sem casa e recordou como
na Eritreia o problema dos refugiados é agravado pelos problemas ulteriores de carestia
e desnutrição e pelo facto da pobreza ter atingido proporções graves. As democracias
autenticas exigem que se resista aos interesses pessoais e aos esforços no sentido
de afirmar posições de dominio- disse ao diplomata da Tanzania Ali Abeid Karume- de
maneira que cada cidadão possa gozar o direito de escolher o leader através de eleições
multipartidárias livres e transparentes.