2005-11-30 17:23:32

REAÇÕES À INSTRUÇÃO SOBRE HOMOSSEXUALISMO E SACERDÓCIO


Roma, 30 nov (RV) - A Instrução da Congregação para a Educação Católica sobre o "discernimento vocacional concernente às pessoas com tendências homossexuais" repercutiu em todo o mundo, suscitando várias reações e interpretações.

O Primaz da Inglaterra e Gales, Cardeal Cormac Murphy-O'Connor, Arcebispo de Westminster, negou hoje que o novo documento vaticano sobre o homossexualismo descarte homens com essa tendência como candidatos ao sacerdócio. O Cardeal precisou, numa declaração, que o documento da Congregação para a Educação Católica estabelece apenas que os candidatos ao Seminário e ao sacerdócio devem ser emocionalmente maduros, capazes de manter-se solteiros, e não partilhar valores de uma cultura gay "erótica".


Por sua vez, o ex-superior dos Dominicanos, P. Timothy Radcliffe, afirma que não é correto interpretar o documento vaticano no sentido de descartar como possíveis sacerdotes os homens com inclinações homossexuais permanentes. "Talvez seja melhor entendê-lo como dirigido a pessoas cuja orientação sexual é centralizada demais na percepção que têm de si mesmas, o que, aliás, pode se verificar também com um heterossexual" _ esclareceu. "Na hora de viver seu celibato sacerdotal, um homem demasiado concentrado em sua sexualidade teria problemas" _ argumentou P. Radcliffe.

P. Samir Kalil Samir, sacerdote jesuíta árabe, professor de Teologia Cristã e especialista em Islamismo, do Pontifício Instituto Oriental, comentou o documento sobre os homossexuais e o sacerdócio, afirmando: "Faz sentido que o coração dos padres seja solteiro. É claro que, para quem já pratica o homossexualismo, o sacerdócio é inadmissível. Então, por que colocar uma pessoa que tem essa tendência em conflito contínuo?" _ questionou o sacerdote. "É suficiente explicar ao candidato que as duas opções são incompatíveis. Não se pode querer uma coisa e o seu contrário" _ argumentou. (CM)








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