2005-11-29 19:23:38

CARDEL MARTINO E METROPOLITA KIRILL LAMENTAM IMPOSSIBILIDADE DE ENCONTRO COM O PATRIARCA DE MOSCOU


Moscou, 29 nov (RV) - A defesa das tradições religiosas e espirituais comuns, a tutela dos valores morais compartilhados e o empenho conjunto em favor da promoção da justiça e da paz: esses foram os principais temas do encontro realizado hoje, em Moscou, entre o Metropolita Kirill, Chefe do Departamento para as Relações Exteriores do Patriarcado ortodoxo de Moscou, com o Cardeal Renato Raffaele Martino, Presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz".

O Cardeal Martino se encontra em visita ao país, desde o último sábado, para apresentar o Compêndio da Doutrina Social da Igreja. Ontem ele já fez a apresentação em São Petersburgo, e hoje foi a vez de Moscou.

O encontro, que se prolongou por cerca de uma hora e meia, foi definido por ambos como "cordial, profundo e proveitoso". Tanto o Cardeal Martino quanto o Metropolita Kirill lamentaram a impossibilidade do encontro entre o Cardeal e o Patriarca de Moscou e de todas as Rússias, Aleksej II, por razões de saúde deste último.

O Metropolita Kirill, sublinhou, em particular, que o encontro de hoje _ que segue o colóquio mantido recentemente, com o Secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, Dom Giovanni Lajolo _ evidencia a intensidade das relações entre ambas as Igrejas-irmãs, em vista da urgência dos problemas sociais que necessitam de respostas, sobretudo no que concerne à integração européia.

O Cardeal Martino relevou, por sua vez, que o Compêndio da Doutrina Social da Igreja Católica responde plenamente a essa necessidade, uma vez que se dirige a todas as Igrejas, exortando-as à colaboração ecumênica, para uma ação comum, cujo objetivo é permear a vida social com os valores evangélicos, em defesa dos direitos humanos e para a promoção da justiça e da paz.

O Metropolita Kirill agradeceu ao Cardeal Martino pela ilustração que fez, do Compêndio da Doutrina Social da Igreja Católica e assegurou que o compêndio será muito útil para o povo russo, na defesa dos valores cristãos da Europa. O representante ortodoxo salientou que tais valores estão hoje em crise, em virtude de uma filosofia falsamente liberal e secular, em nome de uma tolerância freqüentemente entendida como a negação das tradições religiosas e espirituais e até mesmo da própria verdade objetiva. (AF)








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