Bento XVI presidiu na Basilica de São Pedro a celebração das primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento. Um tempo de graça em que Deus nos chama á comunhão com Ele, recordou o Papa na homilia.

Com a celebração das primeiras Vésperas do primeiro Domingo do Advento iniciamos um novo Ano litúrgico. Bento XVI presidiu esta tarde na Basílica de São Pedro a solene liturgia que abre a fase do Advento e introduz a Igreja na expectativa do Natal.

Um tempo de graça caracterizado pela atitude espiritual de vigilância na oração e de alegria no louvor: foi assim que Bento XVI definiu o Advento na homilia que proferiu perante numerosos bispos e cardeais e centenas de fiéis que enchiam a Basílica.

Deus chama-nos á comunhão com Ele - disse o Papa, comentando a breve leitura bíblica tirada da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses - que se realizará plenamente no regresso de Cristo e Ele próprio se empenha a fazer de maneira que cheguemos preparados a este encontro final e decisivo. E ainda: diante de Cristo que vem, o homem sente-se interpelado com todo o seu ser que o Apostolo resume nos termos, Espirito, alma e corpo, indicando assim a pessoa humana inteira, como unidade articulada de dimensão somática, psíquica e espiritual.

Nas palavras do Papa, como na historia da humanidade, está no centro a primeira vinda de Cristo e no fim o seu regresso glorioso; assim a existência pessoal é chamada a medir-se com ele, de maneira misteriosa e multiforme, durante a peregrinação terrena, para ser encontrada nele no momento do seu regresso. Amplas passagens da homilia foram improvisadas no momento pelo Papa quando falou do significado da “vinda do Senhor”, sobre a atitude da Virgem Maria no momento da Anunciação, e sobre o desejo do Senhor de vir sobre a terra através de nós. Estás disponível – perguntou – a dar-me a tua carne, a tua vida, o teu tempo? Esta – explicou – é a espiritualidade do Advento