2005-11-26 14:52:33

A Igreja não deve ter medo das criticas dos mass media. O ensino da religião deve conservar a sua autêntica dimensão evangelica de transmissão e testemunho de fé, salientou Bento XVI aos bispos da Polonia, em visita "ad limina Apostolorum".


A Igreja não deve ter medo das criticas dos meios de comunicação social, mas aprender a comunicar as próprias posições com uma linguagem compreensível para os homens de hoje, idónea a ser veiculada pela imprensa e pela televisão. Para Bento XVI de facto estes instrumentos podem desempenhar um papel precioso para a nova evangelização e a difusão do ensinamento social da Igreja. As atitudes negativas e as ameaças á cultura cristã são para a Igreja um apelo a um esforço ulterior a favor de uma constante evangelização da cultura explicou o Papa que exortou este sábado os bispos da Polónia, recebidos por ocasião da sua visita quinquenal ad limina, a estabelecer um contacto benévolo com os ambientes dos jornalistas e os outros agentes dos media, reconhecendo que no contexto cultural de hoje, os meios de comunicação têm um papel particular - Sabe-se – observou Bento XVI - que eles não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e portanto podem constituir um instrumento precioso de evangelização. Segundo o Papa, os homens da Igreja, especialmente os leigos são chamados a promover num âmbito ainda mais amplo, os valores evangélicos através da imprensa, da rádio , da televisão e Internet. Uma tarefa importante dos pastores da Igreja é contudo a solicitude não só por uma preparação professional dos agentes dos mass media, mas também para a sua formação espiritual humana ou ética. Com os bispos polacos Bento XVI enfrentou também a questão da instituição e do uso na obra de evangelização da cultura, das emissoras católicas de rádio e de televisão, de carácter local, regional e nacional. A solicitude pelo desenvolvimento da imprensa católica significa não só levá-la a um nível superior, isto é àquele elevado perfil digno da tradição cultural católica da Polónia, mas diz respeito também ao seu raio de acção. Os votos de Bento XVI foram no sentido de os media católicos saberem proclamar a verdade de Deus, sensibilizando o mundo actual para o património dos valores cristãos.
A sua finalidade principal – recordou – deve ser a aproximação a Cristo, a construção da comunidade da Igreja no espírito da procura da verdade, do amor, da justiça e da paz, no respeito da autonomia da esfera politica.
No seu discurso aos bispos polacos Bento XVI insistiu depois na importância do papel da família, sobre a necessidade de uma tutela legislativa deste instituto. Estou consciente – disse – que as dificuldades económicas, o índice de desemprego que se mantém elevado e a solicitude no sentido de garantir a existência material, incidem sobre a forma de vida de numerosas famílias polacas. Perante um processo que se está a intensificar, de secularização e de abandono dos valores cristãos - explicou – a Polónia não deve perder este património.
Bento XVI quis recordar também João Paulo II indicando-o como um modelo perfeito do encontro com o homem baseado na fé, esperança e caridade.
Recordo com comoção – concluiu – a grande oração com a qual os polacos o acompanharam durante o seu pontificado e de maneira particular nos dias da sua passagem á glória do Pai. Estou grato por poder contar com o mesmo apoio de oração. É um dom que aprecio muito e que peço continuamente.







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