2005-11-23 16:26:59

Relatório da FAO: mortalidade infantil associada á fome . Em todo o mundo as vitimas são seis milhões de crianças.


Mais de 800 milhões de pessoas vivem o drama da fome no mundo, com seis milhões de crianças mortas por ano na sequência da debilidade do seu sistema imunitário. Num relatório sobre fome e desnutrição, a FAO aponta caminhos para inverter a tendência de aumento do problema.
Todos os anos, a fome mata seis milhões de crianças em todo o mundo. Sarampo, diarreia ou malária são só os motivos aparentes deste flagelo. A subnutrição é a única causa que enfraquece os seus sistemas imunitários, impedindo-os de combater doenças banais para a maioria dos países desenvolvidos. A denúncia surge no Relatório sobre a Fome no Mundo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO), que, sem surpresas, mostra a África subsariana como a região do planeta mais afectada.
O documento apresentado esta terça feira em Roma, durante a 33.ª Conferência da FAO revela que 852 milhões de pessoas em todo o mundo sobrevivem quase sem comida. Daí que, insiste o órgão da ONU, seja fundamental combater o fenómeno para atingir os objectivos do programa Milénio. E a primeira meta é precisamente reduzir a pobreza extrema em 50% até 2015.

A FAO insiste no facto de a intervenção nos meios rurais ser o ponto determinante para ganhar ou perder a luta contra a pobreza. Nestas zonas, onde vivem três quartos das pessoas com fome, estão os 11 milhões de crianças que morrem antes de completar cinco anos, 530 mil mulheres que não sobrevivem à gravidez ou ao parto e 300 milhões de casos de paludismo.

O relatório aponta a fome e a má nutrição como as causas de mais de metade dos casos da mortalidade infantil seis milhões. Para acabar com o flagelo, urge "incentivar a produção agrícola através de investimentos, bom governo, estabilidade política e manutenção da paz interna". Introduzir uma educação de qualidade para as crianças que vivem no campo e melhorar as condições da mulher são também decisivos.

As causas e os instrumentos de combate à pobreza estão identificados, mas isso de pouco valerá se as iniciativas não forem implementadas urgentemente, alerta a ONU. Contudo, salienta, os esforços para acabar com a fome "têm diminuído em vez de acelerarem".








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