2005-11-20 19:28:25

PAPA: HÁ NOVOS ESPAÇOS DE DIÁLOGO COM OS NÃO-FIÉIS SOBRE O RESPEITO À VIDA


Cidade do Vaticano, 19 nov (RV) - A dignidade do homem não se identifica com os genes de seu DNA e não diminui com a presença de diversidades físicas ou defeitos genéticos. Foi o que disse o Papa, recebendo em audiência, neste sábado os participantes da Conferência Internacional sobre o "genoma humano" (o patrimônio genético do homem, que se encontra no interior do núcleo de todas as suas células) promovida, no Vaticano, pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde.

Bento XVI ressaltou que hoje, apesar da presença de um secularismo radical, foram abertos novos espaços de diálogo também com os não-fiéis sobre o respeito pela vida.

Bento XVI vê novos espaços de "diálogo respeitoso e leal com os não-fiéis" sobre o tema da vida e sobre seus "valores fundamentais nos quais se rege "a convivência humana", da qual depende o "futuro da humanidade".

O Papa fez votos de que "toda nova descoberta científica possa servir para o bem integral da pessoa, no constante respeito por sua dignidade". O mundo atual _ afirmou ele _ é marcado por um processo de secularização que, se de um lado reivindica "uma justa autonomia da ciência e da organização social", de outro, esquece "a ligação das realidades temporais com o seu Criador, chegando até mesmo a subestimar a salvaguarda da dignidade transcendente do homem e o respeito pela sua própria vida".

"Hoje, todavia, a secularização, na forma do secularismo radical, não mais satisfaz os espíritos mais conscientes e atentos. Isso quer dizer, continuou o Papa, que se abrem espaços possíveis e talvez novos para um diálogo profícuo com a sociedade e não somente com os fiéis, especialmente sobre temas importantes como os que concernem à vida."

"Também homens que não mais se reconhecem como membros da Igreja ou que perderam até mesmo a luz da fé, permanecem atentos aos valores humanos e às contribuições positivas que o Evangelho pode dar ao bem pessoal e social" _ observou o Santo Padre.

"Os homens do nosso tempo, que se tornaram mais sensíveis diante dos fatos terríveis que abalaram o século XX e o início do atual _ ponderou o Papa _ têm condições de compreender bem, que a dignidade do homem não se identifica com os genes de seu DNA e não diminui com a eventual presença de diversidades físicas ou de defeitos genéticos." (RL)







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