2005-11-19 18:43:38

ADMINISTRAÇÃO DOS LUGARES SAGRADOS DA TRADIÇÃO FRANCISCANA SOFRE SUBSTANCIAIS ALTERAÇÕES


Cidade do Vaticano, 19 nov (RV) - Bento XVI estabeleceu, com um Motu Proprio datado em 9 de novembro próximo passado, os novos vínculos aos quais deverão adequar-se, daqui para frente, os lugares sagrados da tradição franciscana, para suas iniciativas pastorais: trata-se da Basílica e do Sagrado Convento de Assis e da Basílica de Santa Maria dos Anjos.

Substancialmente, será a Diocese de Assis-Nocera Úmbria-Gualdo Tadino quem terá a jurisdição canônica sobre ambas as basílicas. Para o governo da Diocese, o Papa nomeou o Arcebispo Domenico Sorrentino, que substituirá _ por limite de idade _ Dom Sergio Goretti.

"O Bispo de Assis-Nocera Úmbria-Gualdo Tadino de agora em diante terá a jurisdição prevista pelo Direito, sobre as igrejas e sobre as casas religiosas, no que concerne a todas as atividades pastorais desempenhadas pelos Padres Conventuais da Basílica de São Francisco e pelos Frades Menores de Santa Maria dos Anjos."

Além disso, o Motu Próprio determina que os Padres Franciscanos, Conventuais e Menores, "para todas as iniciativas de alcance pastoral" deverão "pedir e obter o consenso" do Bispo diocesano.

O Bispo poderá "ouvir o parecer do Presidente da Conferência Episcopal da Úmbria para as iniciativas que se refletirão na região da Úmbria, ou do Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), para as iniciativas de mais amplo alcance".

Os parágrafos 2º e 3º do Motu Próprio, de Bento XVI, contêm as disposições principais que redefinem as relações hierárquicas entre as basílicas de Assis e a Diocese local.

Bento XVI explica, no preâmbulo do documento, as razões que levaram à atualização da vigente disciplina jurídica, estabelecida em 1968 por Paulo VI. Trata-se _ escreve Bento XVI _ de possibilitar um entendimento mais eficaz das atividades que se realizam nas basílicas de São Francisco e Santa Maria dos Anjos com a pastoral da Diocese de Assis.

Ao recordar, no início, que "do mundo inteiro" se olha "com consideração especial" para esses lugares que se tornaram célebres pelo Pai Seráfico, Bento XVI evidencia os "vínculos particulares" e a "solicitude especial" que os Papas sempre tiveram, ao longo dos séculos, pelos "dois templos maiores franciscanos", até agora "sujeitos diretamente à sua jurisdição".

Uma predileção reconfirmada no primeiro parágrafo do Motu Próprio, com a indicação de um cardeal na qualidade de representante pontifício, o qual _ explica o Papa _ "embora não gozando de jurisdição, terá a tarefa de perpetuar, com sua atividade moral, os estreitos vínculos de comunhão entre os lugares sagrados à memória do "Pobrezinho de Assis" e esta Sé Apostólica".

O purpurado poderá "conceder a bênção pontifícia nas celebrações que presidirá, por ocasião das maiores solenidades litúrgicas".

No contexto de tal reforma, se insere a nomeação do Arcebispo Domenico Sorrentino, de 57 anos, como ordinário da Diocese de Assis-Nocera Úmbria-Gualdo Tadino. Originário da província de Nápoles, Dom Sorrentino é, desde 2003, Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, após ter prestado serviço durante vários anos na 1ª secção da Secretaria de Estado.

Caberá, portanto, ao novo bispo da Diocese umbra _ teólogo e também doutor em Ciências políticas _ a tarefa de conduzir o novo curso inaugurado por Bento XVI, em colaboração com os Padres Franciscanos das duas Ordens, Menores e Conventuais. (RL)








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