DEFENSOR DOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA DISCRIMINAÇÃO CONTRA A IGREJA NO MÉXICO
Cidade do México, 18 nov (RV) - No México, o Presidente da Comissão Nacional
de Direitos Humanos (CNDH), José Luis Soberanes Fernández, denunciou a discriminação
sofrida pela Igreja no México e a qualificou de inconstitucional.
Durante o
I Congresso Internacional sobre "Igrejas, Estado laico e sociedade", organizado pela
Conferência Episcopal Mexicana (CEM), Soberanes Fernández explicou que a liberdade
religiosa vai além do simples direito ao culto, e que a Igreja no país sofre sérias
restrições, entre elas a proibição de possuir meios de comunicação: "É uma discriminação
por motivos religiosos, uma violação anticonstitucional" _ denunciou.
A isso
_ acrescentou _ se deve somar a obrigação de solicitar permissão para fazer manifestações
de culto público fora dos templos, o não reconhecimento pleno dos casamentos religiosos,
a proibição da objeção de consciência e a assistência religiosa nos quartéis militares.
A presença religiosa nos quartéis é permitida apenas em "certas ocasiões e de maneira
velada".
Nesse sentido, Soberanes Fernández disse que é necessário reformar
a Lei de Associações Religiosas e Culto Público, adaptando-a ao primeiro artigo da
Carta Magna, que proíbe todo tipo de discriminação.
Ele acrescentou que, no
país, se agride a quem se manifesta em favor da liberdade religiosa e do direito dos
pais de escolher a educação de seus filhos. "O tema aparece como de segunda classe,
como se fosse politicamente incorreto defendê-lo. Consideram-nos como conservadores
ou reacionários" _ denunciou. (MZ)