2005-11-16 18:35:47

Em Portugal comissão episcopal da educação cristã propõe visão mais ampla da sexualidade


A Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEEC) lançou várias críticas ao “Relatório Preliminar” do Grupo de Trabalho de Educação Sexual, criado por Despacho da Ministra da Educação. Num Parecer sobre a “Educação Sexual em meio escolar”, este organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lamenta a vinculação da “Educação Sexual” à “Educação para a Saúde” e a ausência da “dimensão ética e dos valores”, da “perspectiva das religiões e das diversas culturas” no referido documento.
“A ausência de relação harmónica entre a Educação Sexual e a construção progressiva de um projecto de vida com sentido, conduz ao empobrecimento da sexualidade, reduzida que fica à dimensão dos mecanismos corporais e reprodutores, que se pretende controlar”, acrescenta o documento da CEEC.
Para os Bispos deste organismo, a proposta do Relatório tem um “prisma negativo”, procurando evitar a “gravidez não planeada”, as “doenças sexualmente transmissíveis” e “abusos e exploração sexual”, mas esquecendo “os aspectos psicológicos e relacionais”.
O Parecer da CEEC critica ainda “uma visão demasiadamente negativa quanto às capacidades educativas dos pais” presente no referido Relatório e defende “a relação subsidiária da Escola em relação à Família", que considera como a mais relevante comunidade educativa.
Sobre a “perspectiva da transversalidade a todas as disciplinas”, o Parecer prevê uma “inevitável desorientação resultante da multiplicidade de mentalidades e de critérios dos professores”, lembrando que nesta matéria as visões são plurais
Para esta Comissão Episcopal, a posição do Conselho Nacional de Educação sobre a “Educação Sexual nas escolas” é “mais adequada como referência para o trabalho futuro”. Deste documento são elogiadas a “visão mais ampla dos conceitos de Sexualidade e de Educação Sexual”, o “sentido mais apurado da realidade e das potencialidades da Escola actual”, a “abertura ao pluralismo” e “respeito pela autonomia das escolas”, bem como uma “maior preocupação pela salvaguarda da continuidade do trabalho já desenvolvido pelas escolas”.








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