No Vaticano,conferência internacional sobre "o genoma humano"apresentada aos professionais
da informação nesta terça feira na Sala de Imprensa da Santa Sé
Na Sala de Imprensa da Santa Sé foi apresentada esta terça feira, a Conferência Internacional
sobre o tema “O Genoma Humano”, que decorrerá entre 17 e 19 de Novembro. A iniciativa
é promovida pelo
Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde
(CPPS).
Esta Conferência Internacional reunirá especialistas de todo o mundo para discutir
quais as implicações de um tema “que deixa entrever a aparição de um futuro iminente”.O
estudo do tema “O Genoma Humano – Perspectivas biológicas, médicas e éticas” irá passar
por uma análise da situação contemporânea, das perspectivas de desenvolvimento no
campo das doenças genéticas, da ética em genética médica, bem como pelas consequências
pastorais destas realidades.
Como é habitual nestes encontros, haverá um espaço para o diálogo inter-religioso,
no qual se dirigirá a atenção para a aplicação do conhecimento da genética humana
de acordo com o Judaísmo, o Islão, o Budismo e o Hinduísmo.
O presidente do CPPS, Cardeal Javier Lozano Barragán, defendeu que “se a vida começa
no genoma e a vida se identifica com a saúde, então a saúde começa no genoma”, acrescentando
que o genoma humano é o “elemento estrutural que organiza o corpo nas suas dimensões
individuais e hereditárias”. A conferência irá ainda versar sobre os outros elementos
que constituem a “energia original” a partir da qual se desenvolve a existência humana.
Num primeiro momento, a iniciativa examinará “a situação actual da genética”, sobretudo
no que se refere a doenças genéticas, à predisposição para o cancro e para doenças
latentes, bem como aos aspectos genéticos na medicina materno-fetal.
Em seguida, a Conferência aborda as problemáticas numa perspectiva católica e inter-religiosa,
para depois avançar numa reflexão sobre a genética e a nova cultura.
“Desejamos criar um diálogo inter-disciplinar ao mais alto nível, no qual se possam
encontrar respostas para algumas das perguntas mais angustiantes do mundo contemporâneo”,
concluiu o Cardeal Barragán.