2005-11-07 20:25:03

BISPOS DO IRAQUE REUNIDOS EM ROMA FAZEM APELO AO MUNDO


Roma, 07 nov (RV) - Do Sínodo extraordinário dos bispos caldeus, que se reúne em Roma, nestes dias, brota um apelo dramático: a comunidade internacional precisa salvar o Iraque da cadeia de violência em que o país se precipitou. Para isso, também as tropas estrangeiras são necessárias, contanto que façam qualquer coisa de concreto, caso contrário, é melhor que deixem o país. Foram as inequívocas palavras proferidas ao microfone da Rádio Vaticano, pelo procurador do Patriarcado caldeu junto à Santa Sé, Mons. Philip Najim.

"A Igreja caldéia pede segurança à comunidade internacional _ afirmou Mons. Najim _ e se pergunta como é possível que o Iraque se tenha transformado numa praça que acolhe todo o terrorismo que ameaça a vida dos iraquianos e seu próprio futuro como Nação."

O Sínodo começará oficialmente amanhã, e durará até o dia 12 de novembro, mas já hoje houve uma sessão preliminar. Os bispos caldeus reunidos em Roma são ao todo 20. A Igreja Caldéia _ em comunhão com a Santa Sé _ conta 700 mil fiéis; destes, cerca de 150 mil estão na diáspora. Sua tradição é antiqüíssima, remonta a quase dois mil anos atrás, quando as primeiras comunidades cristãs habitavam a Mesopotâmia, atual Iraque.

"Disseram-nos _ prosseguiu o procurador da Igreja caldéia _ que vamos ter um Iraque pacífico e democrático e que seremos apresentados como um modelo para todo o Oriente Médio. Vivemos 13 anos de um embargo que _ não nos esqueçamos _ ceifou a vida de meio milhão de crianças, e hoje, morrem em média, de 30 a 50 pessoas por dia, em conseqüência dos atentados terroristas."

"Pedimos agora às tropas estrangeiras _ acrescentou o representante dos caldeus _ que façam qualquer coisa, pois, caso contrário, sua presença não se justifica no Iraque."

Sobre a relação da Igreja com a comunidade muçulmana, explica Mons. Najim: "É ótima, como sempre foi no passado."

O Sínodo que se realiza nestes dias, em Roma, foi convocado como caminho extraordinário para discutir os problemas inerentes à crise iraquiana. Normalmente, o Sínodo da Igreja caldéia se reúne uma vez por ano, e em 2005, essa assembléia ordinária já se realizou. Este Sínodo está-se realizando em Roma também por razoes de segurança.

Entre os temas centrais a serem abordados pelo Sínodo, está a discussão sobre a fuga dos cristãos _ isto é, a diáspora _ do Iraque. Coincidentemente, nestes dias em que o Sínodo dos bispos caldeus discute sobre a situação iraquiana, Jalal Talabani, Presidente do Iraque, será recebido em audiência por Bento XVI, na próxima quinta-feira, dia 10. (MZ)







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