2005-11-07 17:36:41

Fátima rezou pelas vitimas da violência na França e no mundo.


Cerca de 100 mil pessoas participaram este domingo na “Missa da Esperança”, no Santuário da Fátima, celebração vivida em sentido de oração e recolhimento, pelos doentes e pelos mais desprotegidos. O Santuário acolheu pela terceira vez esta celebração, proposta pelo Conselho da Comunidade Luso-brasileira, e que tem a particularidade de, após a celebração da Eucaristia, contar com a presença de um grupo de cantores, de Portugal e do Brasil, que dedicam uma canção/oração a Nossa Senhora, no momento da oração do Rosário, na Capelinha das Aparições.
Na homilia da Missa, o Bispo de Leiria-Fátima apelou ao esforço dos católicos no sentido do fim da “exclusão” social, lutando contra “a marginalização de pessoas”. D. Serafim Ferreira e Silva evocou os acontecimentos violentos que têm marcado as últimas noites em Paris e noutras cidades francesas.
“A propósito dos acontecimentos em Paris, alguns comentadores já começaram a juntar duas palavras: exclusão e explosão”, disse o prelado, sublinhando os problemas de integração dos jovens que estarão envolvidos nos distúrbios das últimas noites em França. “Temos que integrar todo”, independentemente da sua raça ou religião, exortou D. Serafim.
Posteriormente, milhares de pessoas partilharam a emoção de assistir aos momentos em que, em Fátima, Maria Bethânia, Joanna, Kátia Guerreiro, Marco Paulo e o padre António Maria cantaram temas dedicados a Nossa Senhora. Durante a recitação do Terço, que se seguiu à Missa da Esperança, aqueles artistas tiveram a seu cargo cinco “canções/ /orações”, que levaram, em alguns momentos, muitos dos fiéis às lágrimas.
A actriz Christiane Torloni, a apresentadora Ana Maria Braga e o seleccionador nacional de futebol, Luís Felipe Scolari, foram outros dos participantes daquele momento de oração na Capelinha das Aparições. A actriz, com alguma dificuldade devido ao embargo da voz, leu uma das intenções do Terço, na qual se lembravam “os que vivem angustiados sob o peso de doenças incuráveis ou portadoras de segregação social”. Scolari, por seu turno, pediu pelos que “sofrem com calamidades naturais”, pelas “vítimas das estradas, dos erros humanos nos hospitais ou nos tribunais” e pelos “prisioneiros de dependências mortais”. Um dos momentos mais sentidos da cerimónia aconteceu quando Bethânia, Joanna e Kátia Guerreiro cantaram “Maria”, antes do último mistério do Terço.







All the contents on this site are copyrighted ©.