2005-11-01 19:49:57

SINOS DE LISBOA LEMBRAM TERREMOTO QUE ARRASOU A CIDADE HÁ 250 ANOS


Lisboa, 1º nov (RV) - Os sinos das igrejas lisboetas soaram em uníssono, nesta terça-feira, para recordar os 250 anos do devastador terremoto que arrasou a cidade.

Concomitantemente, especialistas se reuniram na capital portuguesa, para discutir formas de amenizar o impacto dos desastres naturais como aquele.

Os cientistas afirmaram que o terremoto de 1755 _ um dos mais fortes da história _ e o tsunami de dezembro passado, no Pacífico, reforçam a necessidade de incorporar os avanços científicos na construção de cidades mais resistentes a catástrofes naturais.

"Não dá para evitar o terremoto, mas dá para evitar a tragédia" _ disse o Presidente português, Jorge Sampaio, na conferência internacional sobre o assunto.

Salvano Briceno, Diretor da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres da ONU, afirmou, por sua vez, que a devastação causada pelo tsunami asiático, pelo terremoto do mês passado no Paquistão e pelos recentes furacões que atingiram os Estados Unidos, poderia ter sido reduzida por um melhor planejamento urbano e com métodos modernos de construção.

Os sinos das igrejas lisboetas começaram a badalar às 9h30 (7h30 pelo horário de Brasília), exatamente 250 anos depois do terremoto. Com uma magnitude estimada em 8,75º na escala Richter, o abalo sísmico e o tsunami provocado por ele mataram cerca de 70 mil pessoas.

O terremoto de Lisboa provocou um tsunami que atingiu desde a Noruega até a América do Norte, afetou profundamente a Europa iluminista e mudou para sempre, a maneira de afrontar esses fenômenos naturais. De fato, foi a primeira vez que se buscou uma explicação científica para o tremor.

Robert Muir-Wood, chefe de pesquisa do "Risk Management Solutions", da Califórnia, estimou que, se o terremoto de Lisboa acontecesse hoje, causaria um prejuízo de 100 bilhões de euros.

O Cardeal-patriarca de Lisboa, José da Cruz Policarpo celebrou a santa missa em memória das vítimas, no Convento do Carmo, que ficou destelhado pelo terremoto de 1755. (AF)








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