2005-10-22 11:23:40

"Eucaristia, pão vivo para a paz do mundo":mensagem final do Sinodo dos Bispos


“A Eucaristia, pão vivo para a paz do mundo” é o título da Mensagem final do Sínodo publicada neste sábado dia 22 de Outubro. O texto, com 17 páginas e 26 parágrafos foi discutido na 20ª Congregação Geral, sendo aprovado após pequenas modificações.
A saudação inicial agradece a presença dos “irmãos das Igrejas Orientais” pela sua participação, deixando votos de que “chegue o dia da plena unidade visível da Igreja”.
Os padres sinodais apresentam a sua gratidão a João Paulo II, que idealizou o encontro, e a Bento XVI, que acompanhou os trabalhos, para além de se dirigirem aos Bispos da China que não puderam participar, assegurando-lhes que tiveram “um lugar especial” dentro do Sínodo. Encontra-se depois uma referência aos responsáveis dos mass -media e ás questões que através deles interessaram a opinião pública. Os bispos que, significativamente intitularam a mensagem “Eucaristia, pão vivo para a paz do mundo” colocam-se depois á escuta dos sofrimentos do mundo e citam os focos de violência, entre os quais a Africa e o Médio Oriente, as injustiças e a pobreza extrema na América Latina, na Ásia, e no próprio continente africano. Denunciam os estragos causados pela secularização que trouxe indiferença religiosa e tantas expressões de relativismo.
Aos chefes das nações os padres sinodais apelaram-se para que tenham a peito a dignidade dos indivíduos singularmente, defendam a sua vida desde a concepção, e promovam o progresso humano e social.40 anos depois do Concílio Vaticano II, os Bispos apontam na sua mensagem alguns “abusos” acontecidos no processo de renovação da Liturgia: “ninguém tem o direito de sentir-se dono da Liturgia, porque ela pertence à Igreja”.
O Sínodo pede aos fiéis coerência pública com a fé que professam e defende a promoção de uma activa pastoral das vocações sacerdotais. Há depois uma parte da mensagem que é dedicada ás “luzes” (aumento das vocações sacerdotais nalgumas zonas do mundo, testemunho heróico de tantos padres, ano eucaristico e nova evangelização) e ás “sombras” ( falta de sacerdotes, crise da confissão, perda do sentido do pecado).
Ás famílias em geral os padres do Sinodo afirmam estar conscientes das fragilidades e incertezas que ameaçam actualmente tal instituição e encorajam-nas a conservar o hábito de participar juntos na Eucaristia dominical.
Os «últimos parágrafos da mensagem são exortações ás varias categorias do corpo eclesial: aos sacerdotes para que, sejam operários humildes na vinha do Senhor. Aos altos graus da jerarquia para que sejam protagonistas de um ministério fecundo. Aos jovens, as sentinelas da aurora, para que desenvolvendo os valores positivos do mundo se empenhem no sentido de mudar tudo aquilo que existe de injusto ou de violento.
A Mensagem termina com duas imagens: a dos cristãos do século IV mártires de Abitene, no norte de África – aos quais se deve a célebre frase: “sem o domingo não podemos viver - e aquela dos discípulos de Emaús. Dois ícones que falam da centralidade da Eucaristia, do Ressuscitado, da alegria que brota do estar unidos.
Os bispos renovam a sua preocupação ecuménica e proclamam que estão próximos de todos os descendentes de Abraão e em particular de Israel. A oração conclusiva é por uma paz cheia de esperança.







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