2005-10-18 19:52:34

DOMINGO PRÓXIMO, FESTA NO VATICANO: ENCERRAMENTO DO SÍNODO, DO ANO DA EUCARISTIA E CANONIZAÇÃO DE CINCO BEM-AVENTURADOS


Cidade do Vaticano, 18 out (RV) - No próximo domingo, dia 23, Bento XVI presidirá, no patamar da Basílica Vaticana, à santa missa de conclusão do Sínodo e do Ano da Eucaristia, ocasião em que proclamará cinco novos santos, entre os quais o Irmãos leigo, dos Franciscanos Capuchinhos, Felice de Nicosia, que viveu na Sicília no século XVIII.

De origem humilde e analfabeto, sofreu humilhações e zombarias. Sua tarefa era a de mendigar e definia a si próprio como "o burrinho do convento". Suas palavras de ordem eram obediência e caridade.

Sobre a figura de Ir. Felice, eis o que diz o postulador de sua causa de canonização, Pe. Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade. Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por não ser instruído. Primeiro, recebeu um "não!". Insistiu várias vezes para ser acolhido, não se cansou e nem buscou outras vias. Uma vocação difícil, provada, amadurecida, amplamente ponderada e desejada. Finalmente, após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de Ir. Felice de Nicosia. Após o ano de noviciado e profissão religiosa, Ir. Felice foi destinado a Nicosia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada na população. Todos os dias, passava pelas ruas, batendo tanto às portas dos ricos, para convidá-los a partilhar seu bem-estar, quanto às portas dos pobres, para oferecer-lhes conforto nas necessidades do dia-a-dia. Que seja pelo amor de Deus! Era seu agradecimento."

A propósito do que caracteriza a santidade de Ir. Felice, Pe. Florio Tessari afirma: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Felice entendeu que o segredo da vida _ capaz de abrir e iluminar todo evento _ não consiste em indicar com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a Sua vontade. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e Seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-Lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito." (RL)








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