BISPO MOÇAMBICANO VISITA SEDE DA AIS, EM KÖNIGSTEIN, PARA AGRADECER E RENOVAR PEDIDO
DE AJUDA
Maputo, 18 out (RV) - O Bispo de Nacala, norte de Moçambique, Dom Germano Grachane,
denunciou que a pobreza é o maior desafio para a sociedade e a Igreja nesse país do
leste da África.
"Graças aos recursos naturais, a produção de gás natural
no país tem crescido nos últimos anos, mas o abismo entre ricos e pobres continua
a se ampliar" _ disse o Bispo, durante sua recente visita à sede da obra "Ajuda à
Igreja que Sofre" (AIS), em sua sede de Königstein, Alemanha.
Dom Grachane
definiu como "muito boas" as relações entre Igreja e Estado, em Moçambique, e afirmou
que "às vezes, a Igreja até orienta os líderes políticos, quando trilham caminhos
materialistas".
Referindo-se ao dia comum de oração, para cristãos, muçulmanos,
hinduístas e budistas em Moçambique, que se realizou no dia 4 do corrente, o prelado
disse que as relações ecumênicas com cristãos de outras denominações e o diálogo inter-religioso
procedem muito bem.
De acordo com Dom Grachane, a Diocese de Nacala, com mais
de 2 milhões de habitantes, conta 250 mil católicos, 30 sacerdotes e 25 seminaristas
maiores.
O Bispo pediu à AIS e aos benfeitores, que apóiem sua Diocese, que
há muitos anos tem sofrido as conseqüências de uma seca "desastrosa".
A AIS
foi fundada em 1947, pelo sacerdote holandês Pe. Werenfried van Straaten (1913-2003),
para amparar a Igreja em países em dificuldades, na sua missão de luta pela liberdade
religiosa ou para obter meios econômicos.
Atualmente, a organização conta
filiais em 17 países, e é financiada por benfeitores. Na sede internacional de Königstein,
Alemanha, tramita anualmente, uma média de dez mil projetos, apresentados por sacerdotes,
religiosos e bispos de mais de 130 países do mundo. (CM)