A eclesialidade da acção da Caritas, analizada num encontro em Fátima
Os técnicos da Cáritas estiveram reunidos, dia 14 de Outubro, em Fátima, com o intuito
de descobrir, de modo particular, a mais-valia que pode representar para o trabalho
a dimensão humana de Jesus Cristo, apresentada a partir de algumas referências bíblicas:
ressurreição de Lázaro, bom samaritano, filho pródigo, curas ao sábado, tentações
e morte de Jesus. Orientado por Carlos Neves, técnico da Cáritas Diocesana de Coimbra,
neste encontro foi trabalhada a “metodologia” do trabalho das Caritas, a partir dos
textos bíblicos que fundamentam as orientações do nº 19 da Instrução Pastoral “A Acção
Social da Igreja”, da Conferência Episcopal Portuguesa.
Destacou-se também, como factor essencial, a eclesialidade da acção da Caritas, mostrando
ser este um aspecto que representa uma das faces mais concretas e visíveis do diálogo
da Igreja com o mundo, sendo fulcral o trabalho dos técnicos para os bons frutos deste
diálogo.
As conclusões resultantes dos trabalhos de grupos, “realizados na sequência da apresentação
do tema do encontro, ajudaram a um debate vivo e questionante das ideias colocadas
em discussão, testemunhando o sentir dos técnicos sobre o seu próprio trabalho na
Cáritas, bem como, o seu desejo de implementação de linhas de actuação metodológica
desejáveis, nomeadamente, no âmbito da luta pela erradicação da pobreza” – sublinham
as conclusões do encontro.
No encerramento, o Presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, lembrou que
“no decorrer da sua acção, os técnicos, deverão ter sempre como referência a humanidade
de Jesus Cristo, visto que é à luz desse personagem que a Caritas procura a sua identidade”.
O Presidente da Cáritas Portuguesa, a propósito da celebração, neste dia 17, do Dia
Internacional da Erradicação da Pobreza, recordou ainda, aos técnicos que, “na luta
contra a pobreza deverá haver vontade e entrega, pois só assim faz sentido estar neste
trabalho”.