2005-10-13 15:36:34

Nova Evangelização é um grito de alarme e de esperança


“A Evangelização da cidade não é somente fruto de acções mas também fruto de gente silenciosa que tem Cristo no coração” – disse esta manhã (13 de Outubro) D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, na conferência “Âmbitos da Nova Evangelização”, realizada na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Integrada num ciclo de estudos, promovido pelo Centro Académico de Democracia Cristã (CADC) e com tema central “O legado do Pensamento de João Paulo II”, D. José Policarpo começou por referir que o termo Nova Evangelização “aparece pela primeira vez no contexto do continente latino-americano. Aparece num ambiente de fragilidade histórica”.
Ao fazer uma retrospectiva do legado de João Paulo II, D. José Policarpo sublinhou que o antecessor de Bento XVI acentuava que não é re-evangelizar mas nova evangelização. “Mas foi sempre enigmático e fugiu sempre de explicar as diferenças” – afirmou o Patriarca de Lisboa. João Paulo II foi o homem “mais arguto” no perceber da história. Ele escreveu centenas de textos com o termo nova evangelização. João Paulo II tinha “a intuição há um mistério no novo milénio, isto é de profeta” – salienta o Patriarca. E acrescenta: “oferece uma visão cristocêntrica da história”.
Ao fazer referência às características operacionais da Nova Evangelização, o Patriarca de Lisboa aponta o “novo ardor; a fidelidade ao nosso passado de fé; ao olhar de lucidez que a vida actual nos coloca e ao primado das pessoas sobre as estruturas”. O agir da acção pastoral “deverá ter as raízes em Cristo”. Neste contexto, a nova evangelização “é um grito de alarme mas em simultâneo de esperança” – esclareceu D. José Policarpo. O caminho passa pelo “diálogo sincero mas ousado” com toda a sociedade” porque “a fé que não se converte em cultura é uma fé não acolhida inteiramente”.
A mutação cultural actual separa o religioso da cidade mas “estamos numa fase de recuperar o «justo da cidade»”. E confessa: “não consigo perceber o que é um descrente porque não consigo ver a vida sem o transcendente”.
O ciclo de estudos do CADC teve o seu início no passado dia 8 de Outubro em Coimbra, teve uma sessão ontem (12 de Outubro) em Braga, e termina amanhã no Porto. “Ética e Pessoa”; “Paz e relações internacionais” e “novos desafios ao cristianismo” serão os temas a abordar no último dia.







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