2005-10-10 18:01:33

A DOR DO PAPA PELAS VÍTIMAS DOS DESASTRES NATURAIS


Cidade do Vaticano, 09 out (RV) - A "profunda dor" do Papa pelas vítimas do terremoto na Ásia, em particular no Paquistão, onde talvez tenham perdido a vida cerca de 30 mil pessoas, e pelas vítimas, na América Central, das inundações após a passagem do furacão "Stan".

No Angelus desta manhã, na Praça São Pedro repleta de fiéis de todo o mundo, Bento XVI recordou os últimos acontecimentos na Ásia e América Central, logo após ter saudado os fiéis que haviam participado, pouco antes, na Basílica vaticana, da celebração da santa missa durante a qual foi beatificado o Cardeal alemão Clemens August von Galen, grande opositor de Hitler, durante o Nazismo.

Falando em inglês, logo após a oração mariana do Angelus, e depois em espanhol, o Papa expressou sua "profunda dor" pelas vítimas do terremoto na Ásia e pelas inundações na América Central. Regiões tão distantes, mas ligadas por duas catástrofes naturais que provocaram a morte de tantas pessoas e ingentes danos. O Papa confiou ao "amor misericordioso de Deus" todos aqueles que perderam a vida, e dirigiu um afetuoso pensamento aos feridos e a todos que perderam seus entes queridos. E fez um apelo...

"Peço que a comunidade internacional possa responder com pronta solidariedade e generosidade a esses desastres, e ao Senhor, que dê força e coragem a todos aqueles que estão empenhados nas operações de socorro e reconstrução."

"Nestes momentos _ prosseguiu Bento XVI _ desejo recordar as queridas nações da América Central e México _ especialmente El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua _ que estão padecendo os efeitos de intensas chuvas e inundações, que causaram numerosas vítimas, como também ingentes danos materiais. Peço ao Senhor, pelo eterno descanso dos falecidos, e expresso minha solidariedade espiritual e afeto a todos aqueles que perderam suas casas e instrumentos de trabalho. Convido as instituições e pessoas de boa vontade a prestarem uma ajuda eficaz, num espírito de verdadeira solidariedade fraterna."

Antes da oração mariana, o Papa falara sobre a beatificação do Cardeal alemão Clemens August von Galen, celebrada pouco antes, em cerimônia presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, na presença de milhares de peregrinos provenientes da Alemanha.

Von Galen, nascido em 1878 e Bispo de Münster a partir de 1933, foi um intrépido opositor do regime nazista. Bento XVI entrou na Basílica vaticana antes da conclusão do rito, para venerar as relíquias do novo bem-aventurado e para saudar e abençoar os fiéis. Depois, durante o Angelus, traçou, para os numerosos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, um perfil do Cardeal von Galen...

"Em nome de Deus _ disse o Santo Padre _ denunciou a ideologia neopagã do nacional-socialismo, defendendo a liberdade da Igreja e os direitos humanos gravemente violados, protegendo os judeus e as pessoas mais fracas, que o regime considerava lixo a ser eliminado. São muito famosas as três célebres homilias que esse intrépido pastor pronunciou, em 1941. Pio XII o criou Cardeal em fevereiro de 1946 e, apenas um mês depois, morreu, circundado da veneração dos fiéis, que reconheceram nele um modelo de coragem cristã. É precisamente essa a mensagem sempre atual do bem-aventurado von Galen: a fé não se reduz a um sentimento privado, a ser escondido quando se torna incômoda, mas implica coerência e testemunho, também em âmbito público, em favor do homem, da justiça e da verdade."

Durante o Angelus, o Papa falou ainda sobre a Eucaristia, tema da Assembléia Sinodal em curso...

"O encontro com Cristo, continuamente aprofundado na intimidade eucarística, suscita na Igreja e em cada cristão _ disse o Papa _ a urgência de testemunhar e de evangelizar, sublinhada pela despedida no fim da missa _ "Ite, missa est" _ que recorda a missão e a tarefa, para quem participou, na celebração de levar a todos a Boa Nova recebida, e com ela animar a sociedade." (SP)







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