2005-10-10 16:58:09

O Sinodo sobre a Eucaristia:oração e solidariedade pelas vitimas do terramoto do sul da ásia e do furacão Stan na América Central.Pedido um Sinodo dedicado ás Igrejas Orientais


A 11ª Congregação Geral do Sínodo dos Bispos decorreu esta segunda feira sob o signo da oração e da solidariedade pelas vítimas do terramoto no sul da Ásia e do furacão Stan na América Central.
A realidade dramática do Paquistão, onde se estima que tenham morrido cerca de 40 mil pessoas, tornou-se ainda mais presente com a intervenção de D. Evarist Pinto, Arcebispo de Karachi, que começou por agradecer aos padres sinodais “as orações, a ajuda e a solidariedade”.
Falando da situação da Igreja no Paquistão, país com 98% de muçulmanos e uma comunidade católica de 300 mil pessoas, o Arcebispo Pinto sublinhou a disparidade entre as zonas urbanas e as rurais: “nem sempre o sacerdote pode celebrar a eucaristia porque as paróquias são muito grandes, mas nas zonas rurais a situação ainda é pior, porque as aldeias distam muito umas das outras”.
Antes do início dos trabalhos, o Secretário Geral do Sínodo, D. Nikola Eterovi ć, comunicou que na primeira semana de trabalhos intervieram 148 padres sinodais. A sessão desta manhã foi dominada por reflexões sobre o aspecto missionário da Igreja e a inculturação.
O Cardeal Crescenzio Sepe, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, defendeu uma maior distinção “entre a Evangelização destinada ‘ad gentes’ e aquela destinada aos que abandonaram a sua fé”.
Da Índia chegou o pedido, através do Arcebispo Oswald Gracias, presidente da Conferência Episcopal local, de que a Cúria Romana, as Comissões Episcopais estudem “instrumentos para uma inculturação mais eficaz da Liturgia e permitir, ao mesmo tempo, maior liberdade e criatividade”.
Um Sínodo para as Igrejas Orientais
O presidente da Conferência Episcopal da Ucrânia, Cardeal Lubomyr Husar, teve a intervenção mais destacada ao pedir que o próximo Sínodo da Igreja seja dedicado às Igrejas Orientais.
“Se a Liturgia é regra da fé (regula fidei); se a Divina Liturgia que celebram as Igrejas Orientais em comunhão com a Sé de Roma e a das Igrejas Ortodoxas é idêntica; se é recíproco o reconhecimento da sucessão apostólica dos Bispos e, por consequência, dos sacerdotes que celebram, pergunto: que mais falta para a unidade? Existe, porventura, outra fonte ou cume superior à Eucaristia? E, se não existe, porque não se permite a concelebração”, foram algumas das questões que o Cardeal ucraniano deixou, perspectivando discussões futuras.
Palmas para a China
O Bispo chinês D. Lin-Chi-Nan, foi brindado pela assembleia sinodal com uma salva de palmas. O prelado, da ilha de Taiwan, ao largo da China, falou em nome dos seus quatro conterrâneos que não marcam presença para apontar o dedo às “enormes dificuldades na pastoral da evangelização” no país.
Após indicar que o número de católicos na China continua a crescer, D. Lin-Chi-Nan advertiu para “a falta de liberdade religiosa, por causa da qual a Igreja corre o risco de dividir-se”.







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