Cidade do Vaticano, 06 out (RV) - "A saúde mental é um patrimônio inestimável,
e a saúde para todos é fundamental para garantir a paz e a justiça entre os povos."
Com essas palavras, o Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes
de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, lembrou o próximo Dia Mundial da Saúde Mental,
a ser comemorado no dia 10 do corrente.
A Organização Mundial da Saúde revela
que 450 milhões de pessoas, no mundo, são afetadas por problemas mentais, neurológicos
ou comportamentais. Cerca de 873 mil suicidam-se, a cada ano.
Os distúrbios
mentais constituem uma verdadeira emergência social e sanitária: 25% dos países não
têm uma legislação sobre o assunto; 41% não têm uma política definida para a saúde
mental; e, em mais de 25% dos centros de saúde, os doentes não têm acesso aos remédios
psiquiátricos essenciais. Por fim, 70% da população mundial dispõe de menos de um
psiquiatra para cada 100 mil pessoas.
O Cardeal Barragán destacou que "a Igreja
acompanha atentamente os problemas da saúde, dando sua contribuição para a prevenção
e a assistência aos doentes mentais e seus familiares".
Ele acrescentou ainda
que "existem muitos projetos e programas de formação, prevenção, assistência e acompanhamento
pastoral dos doentes, e que as Igrejas locais, institutos religiosos e associações
de leigos levam esse trabalho avante, com amor, senso de responsabilidade e espírito
de caridade".
No final, o Cardeal Barragán exortou "todos os responsáveis
pelo setor da saúde na sociedade, a zelarem pela saúde pública, e a encontrarem, urgentemente,
uma ajuda para esses doentes, muitos dos quais vagam pelas ruas ou se encontram abandonados
a si mesmos, em suas próprias casas, onde não podem receber a ajuda técnico-científica
da qual tanto necessitam". (JE)