2005-10-05 16:54:16

ESTUDANTE IRANIANO EXILADO VÊ RETROCESSO NO ATUAL GOVERNO DE SEU PAÍS


Roma, 04 out (RV) - O iraniano, Yadahst, de 35 anos, retornou a seu país, depois de ter-se refugiado na Itália por quase dez anos. Queria ver a situação atual do Irã e abraçar sua família e amigos. No Irã de agora, encontrou mudanças positivas, mas também um retrocesso na liberdade.

Quando fugiu do seu país, Yadahst procurou escapar da repressão que o governo iraniano exercia sobre o movimento estudantil que clamava por reformas e liberdade. Retornando ao Irã, depois de quase dez anos, encontrou muitas mudanças positivas.

Ele disse à agência missionária de notícias _ AsiaNews _ que "a sociedade respira mais liberdade depois dos dois mandatos do governo Khatami". "Nas livrarias _ prosseguiu _ se encontram livros liberais, ocidentais e iranianos, nos restaurantes se escuta música, e ninguém pára as pessoas nas ruas, para controlar as vestimentas ou a maquiagem."

Mesmo com a maior liberdade em certas áreas e a maior conscientização existente, Yadahst viu sinais de retrocessos na liberdade, especialmente religiosa. Segundo afirmou, "sente-se muito a falta de liberdade de informação". "Sobre certas questões _ acrescentou _ existe quase que um grande silêncio. O novo Presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, e seus ministros dizem abertamente que o objetivo final é aquele de dar ao Islã um papel predominante na Nação."

Em relação às minorias religiosas, existe um retorno à mesma situação existente no tempo de Khomeini. Os praticantes da fé Baha'i, presentes no país há mais de 150 anos, não têm nenhum direito: não podem votar, não podem ter passaporte, não podem freqüentar a Universidade.

Os cristãos existentes no país _ a maior parte protestantes _ não se sentem seguros. Para se proteger, impedem o acesso de desconhecidos nas igrejas ou em suas pequenas comunidades. O governo os impede de fazer propaganda ou proselitismo. "Para ir a uma igreja, tive que pedir uma autorização ao Ministro da Cultura, dizendo que eu era estudante de Arte ou de Sociologia" _ afirmou Yadahst. (JE)







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