2005-10-04 16:57:10

ORGANIZAÇÕES HUMANITÁRIAS DENUNCIAM VIOLAÇÕES DA LIBERDADE RELIGIOSA NO TURCOMENISTÃO


Ashkhabad, 03 out (RV) - "O governo do Turcomenistão ainda não permite que quem vive no país, pratique livremente a própria fé": foi o que denunciou, no último dia 28, em Londres, Felix Corley, editor de uma agência que acompanha a situação da liberdade religiosa nas ex-repúblicas soviéticas.

Em carta dirigida a Condoleeza Rice, Secretária de Estado norte-americana, cerca de dez organizações de defesa dos direitos humanos, entre elas a "Human Rights Watch", denunciam que "no Turcomenistão, não existe nenhuma liberdade religiosa".

Na carta, as organizações pedem que os Estados Unidos declarem o país como "país digno de particular atenção" devido às graves violações dos direitos humanos. Fazendo tal declaração, a Secretária de Estado poderia adotar iniciativas que vão desde pressões diplomáticas até à imposição de sanções.

O documento denuncia que são comuns no país, as prisões arbitrárias, as perseguições ou as incursões da polícia durante encontros de oração. As comunidades religiosas não têm a liberdade de imprimir, publicar ou importar literatura religiosa. Além da perseguição aos cristãos, existe também um rígido controle sobre a comunidade islâmica. Um de seus líderes está condenado a 22 anos de reclusão, e diversas mesquitas foram demolidas nos últimos anos.

A carta denuncia ainda que o Presidente Saparmurat Niyazov quer instituir uma nova religião baseada no culto à sua pessoa. Segundo denuncia a organização, a propaganda oficial glorifica o Presidente como profeta, e, nas escolas, é obrigatório o estudo do seu livro chamado "Santo".

Recentemente, o Conselho de Estado para os Assuntos Religiosos disse aos líderes islâmicos que é "tarefa obrigatória para os muçulmanos, a divulgação dos elevados ideais do livro sagrado do nosso grande líder". (JE)







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