2005-10-03 17:42:33

PATRIARCA ARMÊNIO ESCREVE A DIRIGENTES ALEMÃES PEDINDO ENTRADA DA TURQUIA NA UNIÃO EUROPÉIA


Istambul, 1º out (RV) - O Patriarca armênio, Mesrob II, líder espiritual da mais numerosa comunidade não-muçulmana da Turquia, escreveu uma calorosa carta a Gerhard Schröder e a Angela Merkel, pedindo-lhes que intercedam para a agilização do processo de entrada da Turquia na União Européia.

A carta foi endereçada também aos 732 parlamentares europeus e aos ministros das nações européias.

A carta do Patriarca foi motivada pelo fato que, há dois dias, os Ministros das Relações Exteriores da União Européia e da Turquia estão reunidos e não chegaram a um acordo aceitável. Diante da unanimidade entre 24 os Estados- membros, a Áustria se opôs a um caminho livre nas negociações. Amanhã, haverá uma reunião de cúpula extraordinária entre os Ministros das Relações Exteriores dos 25 países que formam a UE, em Luxemburgo.

Os jornais turcos falam de sabotagem e de traição. Os nacionalistas, que até poucos dias atrás atacavam o Primeiro-ministro, Erdogan, considerado muito amigo dos europeus e acusado de levar a Turquia ao suicídio, são os únicos a estar felizes com o impasse nas negociações.

Os cristãos turcos, por sua vez, temem que uma recusa para a entrada da Turquia na União Européia possa ter uma repercussão negativa sobre eles.

Na carta, o Patriarca armênio afirma falar em nome dos armênios, mas também dos judeus, dos sírios, dos gregos, dos caldeus e dos protestantes, que desejam fortemente que a Turquia se torne um membro da União Européia. Mesrob II declara que a entrada da Turquia na União Européia é um passo vital em direção a um mundo de paz: "A aspiração da Turquia, de entrar na UE não é uma oportunidade somente para os turcos ou para os europeus, mas para a paz no mundo" _ afirmou.

"Nós rezamos para o sucesso do processo de civilização e de paz da União Européia e para que a Turquia e os cristãos armênios, que constituem a maior comunidade não-muçulmana presente na Turquia, possam encontrar uma justa colocação na UE." (JE)







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