A fé é o fundamento comum sobre o qual vivemos e trabalhamos, salientou o Papa na
abertura dos trabalhos do Sinodo.O relator geral,cardeal Angelo Scola foi ao encontro
de varias temáticas que preocupam os catolicos : ecumenismo,formação litúrgica,celibato
dos padres,divorciados que voltam a casar e a preparação para o casamento, e a evangelização.
Bento XVI presidiu esta manhã à abertura dos trabalhos da XI Assembleia Geral Ordinária
do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, pedindo aos participantes que promovam a “correcção
fraterna” como uma forma de colocar em prática a colegialidade na Igreja.
O Papa esteve presente na primeira congregação geral do Sínodo, deixando uma reflexão
sobre a importância de que toda a Igreja se funde “na mesma fé”, sem que isso implique
que se prescinda do modo original de cada um viver essa fé.
“Uma das funções da colegialidade é ajudar-nos a conhecer as lacunas de nós mesmos
que não queremos ver: nunca é fácil ver os defeitos de cada um e os outros vêem-nos
melhor do que nós”, disse.
Neste sentido, Bento XVI destacou os méritos da “correcção fraterna” para os padres
sinodais, neste momento tão importante da vida da Igreja, servindo para que cada um
“permaneça aberto a ver estas coisas, os nossos defeitos, e ajudar-nos uns aos outros
para que cada um possa encontrar a sua verdade”. Para tudo isto, como disse o Papa,
é necessária “humildade” e “um verdadeiro afecto colegial”.
“Quando alguém está desesperado e não vê como ir em frente, tem necessidade da consolação,
que alguém esteja com ele, que lhe dê coragem, fazendo o papel do Espírito Santo consolador”,
acrescentou.
O objectivo final desta atitude, segundo o Papa, é que aqueles que guiam a Igreja
“tenham o mesmo pensamento”. “Se não partilharmos a fé, que não é inventada por nenhum
de nós, mas é a fé da Igreja, que poderemos fazer?”, perguntou.
“A fé é o fundamento comum sobre o qual vivemos e trabalhamos”, sublinhou Bento XVI,
convidando o Sínodo a “permanecer sempre sobre este fundamento, cada um na sua originalidade,
mas sabendo que a fé nos precede”.
A primeira congregação geral contou com uma intervenção do Cardeal Angelo Scola, relator
geral do Sínodo, que se centrou no “encontro entre Deus e o homem”.
“A Eucaristia é o lugar em que a liberdade de Deus encontra a dos homens e é um dom
que os fiéis são chamados a adorar”, disse o Cardeal de Veneza.
Falando do “dom da Revelação” como “centro da vida real”, o Cardeal Scola foi ao encontro
de várias temáticas que preocupam os católicos de todo o mundo: ecumenismo; a formação
litúrgica; o celibato dos padres; os divorciados que voltaram a casar e a preparação
para o casamento; a evangelização. Estas foram as dimensões “antropológicas e sociais
da Eucaristia” que marcaram a primeira manhã de trabalhos do Sínodo dos Bispos.