Testemunhar o amor de Jesus e da Igreja pelas crianças: Bento XVI no hospital pediátrico
do Menino Jesus
“Vim até vós para testemunhar o amor de Jesus pelas crianças”: palavras de Bento XVI,
em visita ao hospital do Menino Jesus, nos arredores do Vaticano, em contacto directo
com os pequenos pacientes ali internados, acariciando-os, dirigindo-lhes a palavra,
cumprimentando os parentes,, o pessoal médico e de enfermagem e todos os que colaboram
nesta estrutura hospitalar especializada em pediatria, criada em 1869, desde 1924
propriedade da Santa Sé.
Tomando a palavra, no final da visita, Bento XVI assegurou a todos a sua proximidade
e o desejo de “fazer sentir o conforto e a bênção de Deus”.
Duas as razões apontadas pelo Papa para a escolha deste Hospital para a sua primeira
visita a uma estrutura hospitalar. Antes de mais, o facto de se tratar de uma instituição
que pertence à Santa Sé. Mas outra razão, mais importante ainda, contou nesta opção.
“Passando por algumas secções (do hospital), cruzando-me com muitos pequenos que
sofrem, pensei espontaneamente a Jesus que amava ternamente as crianças e queria que
as deixassem aproximar-se d’Ele. Sim, como Jesus, também a Igreja manifesta uma predilecção
especial pela infância, especialmente quando se trata de crianças que sofrem. E é
esse o segundo motivo da minha deslocação ao meio de vós: para testemunhar também
eu o amor de Jesus pelas crianças, um amor que brota espontaneamente do coração e
que o espírito cristão incrementa e reforça. O Senhor disse: ‘O que fizestes ao mais
pequeno dos meus irmãos, foi a Mim que o fizestes”. Em cada pessoa que sofre, por
maioria de razão se pequena e indefesa, é Jesus que acolhe e aguarda o nosso amor”.
Sublinhando a importância do trabalho desenvolvido pelo pessoal hospitalar, Bento
XVI referiu com apreço as intervenções de vanguarda que tornam famoso o hospital “Bambino
Gesù”, sem esquecer “também e sobretudo” o trabalho de cada dia: o acolhimento, o
internamento, os tratamentos cuidadosos dos pequenos pacientes... Uma actividade que
– sublinhou – “requer uma grande disponibilidade, uma constante busca de como multiplicar
os recursos disponíveis; exige atenção, espírito de sacrifício, paciência e amor desinteressado”.