DOM FOLEY APRESENTA, NA CÂMARA DOS DEPUTADOS DA ITÁLIA, A CARTA DE JPII "O RÁPIDO
DESENVOLVIMENTO"
Roma, 28 set (RV) - Era o ano de 1963. Paulo VI, com os padres conciliares
do Vaticano II, no decreto "Inter Mirifica", manifestava-se consciente das transformações
socioculturais que os meios de comunicação social estavam provocando no mundo, defendendo
que a Igreja tinha o dever de utilizar tais meios para levar avante seu compromisso
de evangelizar.
Foi o que recordou Dom John Patrick Foley, Presidente do Pontifício
Conselho das Comunicações Sociais, na Câmara dos Deputados, em Roma, ao apresentar
a Carta Apostólica que "João Paulo II quis endereçar a todos os responsáveis pelo
difícil setor das comunicações sociais, num momento histórico no qual todo homem deveria
sentir-se chamado a oferecer sua contribuição para a construção da paz e da compreensão
entre os povos".
Agradecendo pelo convite, Dom Foley explicou que, muitos anos
após _ no dia 25 de janeiro de 2005 _ João Paulo II promulgou a carta apostólica "O
rápido desenvolvimento", que confirma a linha da Igreja como grande comunicadora,
chamando-a a uma revisão pastoral e cultural, diante de uma verdadeira passagem de
época.
"Essa maravilhosa conquista do progresso humano _ ressaltou Dom Foley
_ coloca a comunidade diante de novos desafios neste mundo, que é cada vez mais, uma
aldeia global, rica de potencialidades comunicativas, na qual os processos mediáticos
marcam tantos momentos da existência humana, condicionando usos e costumes, modos
de pensar e estilos de vida."
O Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações
Sociais recordou a preocupação de João Paulo II, que reiterava que "a centralidade
do homem neste universo cheio de potencialidades, impõe que seja respeitada a dignidade
humana e seja preservado o bem comum".
O critério-guia na utilização dos meios
de comunicação, sintetizou Dom Foley, deve fundar-se em sólidos princípios éticos,
chamando todos _ responsáveis e usuários dos meios de comunicação _ ao exercício da
responsabilidade pessoal para com o indivíduo e para com a própria sociedade.
Dom
Foley recordou também as palavras com as quais João Paulo II concluía sua carta apostólica:
"Não tenhais medo das novas tecnologias! (...) Não tenhais medo da oposição do mundo!
(...) Não tenhais medo também das vossas fraquezas e da vossa inaptidão! (...) Comunicai
a mensagem de esperança, de graça e de amor de Cristo, mantendo sempre viva, neste
mundo passageiro, a eterna perspectiva do Céu, perspectiva que nenhum meio de comunicação
jamais poderá alcançar diretamente." (RL)