Igreja em Moçambique saúda ajuda do FMI e do Banco Mundial
A Igreja Católica em Moçambique reagiu com satisfação ao anúncio feito, no domingo,
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM) de perdão da dívida
de 18 países, incluindo Moçambique, recomendada este ano pelo G-8.
A decisão das duas instituições internacionais irá implicar o perdão de 33,2 mil milhões
de Euros dos 18 países mais pobres do mundo, em África e na América Latina, dos quais
11 por cento do FMI e 70 por cento relativos ao BM.
"Esta é uma grande ajuda que vai ajudar ao desenvolvimento do país porque, tendo esse
perdão podemos canalizar as contas para outras actividades em prol da luta contra
a pobreza absoluta", disse à Rádio Renascença o Arcebispo de Maputo, D. Francisco
Chimoio.
As necessidades são muitas num país tão pobre, por isso, D. Francisco Chimoio espera
que este dinheiro possa ser bem aplicado. "Conto que seja bem empregue. Terá que haver
uma equipa que possa controlar como esse dinheiro será canalizado. A melhor maneira
de darmos prova de agradecimento àqueles que nos perdoaram a dívida é o uso honesto
e transparente desse dinheiro", acrescenta.
Uma das razões para este perdão foi o sucesso do processo de paz, lembra D. Francisco
Chimoio.