QUE A IGREJA SE FAÇA PRÓXIMA AOS PROBLEMAS DO POVO _ EXORTOU O PAPA, A BISPOS MEXICANOS
EM VISITA "AD LIMINA"
Castel Gandolfo, 23 set (RV) - A Igreja se faça cargo dos problemas do povo,
esteja atenta, sobretudo, aos mais pobres. Que ela seja capaz de testemunhar a esperança
cristã num tempo difícil, que submete a duras provas, a comunidade dos fiéis.
Foi
a mensagem de Bento XVI ao terceiro grupo de bispos mexicanos, recebidos em Castel
Gandolfo, por ocasião da conclusão de sua visita "ad Limina". Os prelados eram liderados
pelo Cardeal Norberto Rivera Carrera, Arcebispo de Cidade do México.
O Papa
exorta os bispos a não caírem se deixaram desencorajar diante das dificuldades do
nosso tempo, diante do secularismo que também atinge tantos fiéis. "Diante de um panorama
complexo e que se transforma como o atual _ disse Bento XVI _ a virtude da esperança
é submetida a duras provas na comunidade dos fiéis."
Por isso, é necessário
ser testemunhas da esperança "que confiam com alegria nas promessas de Deus, que jamais
abandona o seu povo". Em particular, o Papa convidou os prelados a dirigirem o ministério
pastoral a todos, quer "aos fiéis que participam ativamente da vida da comunidade",
quer àqueles que "se distanciaram e que buscam o sentido da própria vida".
É
preciso também, ressaltou, "propor a Palavra de Deus… com uma linguagem e uma forma
adequada ao nosso tempo", que dê "uma resposta às dificuldades e aos problemas que
mais oprimem e angustiam os homens".
"A Igreja será, desse modo, capaz de responder
às esperanças do mundo com o testemunho da experiência cristã da unidade" que jamais
esquece "a comunhão cristã dos bens". Um testemunho _ afirmou o Pontífice _ que deve
olhar concretamente para os problemas sociais que afligem o país, com uma atenção
"prioritária àqueles que se encontram numa situação de grande pobreza, solidão ou
marginalização".
Por fim, Bento XVI convidou os bispos a "cuidarem com atenção
particular da formação dos seminaristas" e também a "dedicarem os melhores cuidados
e energias aos sacerdotes", que precisam de amizade, fraternidade e ajuda. Que a nenhum
sacerdote _ enfatizou o Papa _ "faltem os meios necessários para viver dignamente
a sua sublime vocação". (RL)