2005-09-23 14:16:59

Nas sociedades democráticas deve haver plena liberdade de culto;o estado laico deve proteger a pratica religiosa dos cidadãos,disse Bento XVI no discurso ao novo Embaixador do México junto da Santa Sé.O Papa salientou que o matrimonio não se pode equiparar nem confundir com outras formas de união humana, e recordou a importancia da luta contra o narcotrafico


Um estado democrático laico é aquele que protege a pratica religiosa dos seus cidadãos, sem preferências nem limitações. Foi o que afirmou Bento XVI recebendo nesta sexta feira em Castelgandolfo o novo embaixador do México junto da Santa Sé Luís Filipe Bravo Mena, por ocasião da apresentação das Cartas Credenciais.
Por outro lado – acrescentou – a Igreja pensa que nas sociedades modernas e democráticas pode e deve haver plena liberdade religiosa.
Num estado laico - prosseguiu o Papa no seu discurso ao novo embaixador do México – são os cidadãos que no exercício da sua liberdade, dão um determinado significado religioso à vida social. Além disso, um estado moderno deve servir e proteger a liberdade dos cidadãos bem como a pratica religiosa que eles escolhem, sem nenhum tipo de constrição ou obrigação.
O instituto da família baseada no matrimónio não se pode equiparar nem confundir com outras formas de uniões humanas, salientou também Bento XVI acrescentando que perante o laicismo crescente, que pretende reduzir a vida religiosa dos cidadãos á esfera privada, sem nenhuma manifestação social e publica, a Igreja sabe muito bem que a mensagem cristã reforça e ilumina os princípios de base da inteira convivência, como o dom sagrado da vida, a dignidade da pessoa, juntamente com a igualdade e inviolabilidade dos seus direitos, o valor irrenunciável do matrimónio e da família que não se pode equiparar nem confundir com outras formas de uniões humanas. Segundo Bento XVI a instituição familiar precisa de um apoio especial visto que no México, como noutros países vai diminuindo progressivamente a sua vitalidade e os seus valores fundamentais, não só por causa das mudanças culturais, mas também devido ao fenómeno da emigração, com as consequentes e graves dificuldades de vária natureza, sobretudo para as mulheres, as crianças e os idosos.
Referindo-se especificamente á situação mexicana, o Papa defendeu também a necessidade de uma atenção especial ao problema do narcotráfico, que causa um grave dano á sociedade.
Bento XVI encontrou também nesta sexta feira um grupo de bispos mexicanos por ocasião da sua visita "ad limina apostolorum," convidando-os a ocuparem-se de todos os cidadão, em particular daqueles que vivem numa situação de pobreza, solidão ou marginalização.







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