JORDÂNIA RECONHECE TEÓFILO III PATRIARCA GRECO-ORTODOXO DE JERUSALÉM
Amã, 20 set (RV) - O governo jordaniano emitiu, no dia 18 de setembro, um decreto
real no qual aprova a eleição do Arcebispo de Tabor, Teofilo III, como chefe do Patriarcado
greco-ortodoxo de Jerusalém.
O reconhecimento não foi uma surpresa já que,
em recente viagem a Amã, capital da Jordânia, Teofilo III encontrou-se com o príncipe
Ghazi, representante oficial do soberano Abdallah, e com o Ministro do Interior, Awin
Yerfaz. Na ocasião, a eleição de Teofilo III foi definida pelas autoridades jordanianas
como "uma estrada em direção a uma nova era no Patriarcado, que conduzirá ao fim
da corrupção e do mau governo".
Segundo várias leis e costumes, cada nova nomeação
no Patriarcado deve ser aprovada pelos governos da Jordânia, Palestina e Israel.
Em
entrevista à agência de notícias AsiaNews, o Secretário-geral do Sínodo Grego-ortodoxo,
Arcebispo Aristarcos, declarou que, até o momento, o único ato oficial em relação
à eleição de Teofilo III foi do reino da Jordânia, mas que "aguarda com esperança,
sinais da Palestina e de Israel". Extra-oficialmente, Mahmoud Abbas, da Autoridade
Nacional Palestina, expressou sua aprovação à eleição de Teofilo III, no dia 18 de
setembro.
O governo israelense não se pronunciou sobre nenhum procedimento
religioso desde a destituição do ex-patriarca Irineu I, considerado culpado de ter
vendido bens do Patriarcado a empresários israelenses. De Jerusalém, algumas fontes
confirmam que o silêncio israelense é exclusivamente devido a motivos político-econômicos
e que Israel não dará nenhum passo até que "não haja uma saída segura para salvar
a própria imagem". Em Israel foi instituída uma comissão ministerial para tratar da
questão.
Irineu I, destituído das vestes de Patriarca, vive atualmente em Jerusalém,
na sede do Patriarcado, de onde se recusa a sair. (JE)