2005-09-21 18:06:11

BISPOS DA ALEMANHA E POLÔNIA FIRMAM DOCUMENTO QUE RECORDA OS 40 ANOS DO "PERDÃO" ENTRE AS DUAS IGREJAS


Berlim, 21 set (RV) - A Igreja na Alemanha e na Polônia firmaram hoje, um documento que atualiza a primeira mensagem de reconciliação que foi enviada 40 anos atrás, pelos bispos poloneses a seus co-irmãos alemães, na qual se afirmava: "Perdoamos e pedimos perdão."

Em memória dos dois papas que se sucederam no governo da Igreja _ João Paulo II (polonês) e Bento XVI (alemão) _ a Igreja em ambos os países renovaram aquele compromisso assumido no tempo do Concílio Vaticano II e o atualizaram para o contexto de hoje.

O texto da mensagem, dado a conhecer na assembléia geral dos bispos alemães que se realiza em Fulda, foi firmado pelos presidentes das duas conferências episcopais: Cardeal Karl Lehmann, pela Igreja na Alemanha, reeleito ontem para o quarto mandato consecutivo, e Dom Józef Michalik, Arcebispo metropolitano de Przemyśl, pela Igreja na Polônia. (MZ)

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A 40 anos da troca das cartas, a 60 do fim da guerra e 10 anos após a publicação da primeira carta comum dos dois episcopados, os bispos evocam a iniciativa de seus predecessores. "Agindo com espírito cristão _ escrevem _ realizaram com suas missivas, um passo decisivo em favor de um novo início nas relações recíprocas entre as duas nações. Em meio a uma situação particularmente difícil, aquela manifestação de desejo de perdão representou um alicerce fundamental na obra de reconciliação entre poloneses e alemães."

As tocantes e proféticas palavras dos bispos poloneses aos bispos alemães _ "Perdoamos e pedimos perdão" _ tiveram uma influência marcante na história. Poucos dias depois, a resposta dos bispos alemães: "Acolhemos com respeito fraterno as mãos estendidas. Que o Deus da paz, por intercessão da "Regina pacis" faça com que o fantasma do ódio nunca mais divida nossas mãos."

Assim como eles, os bispos de hoje se sentem responsáveis por aquele processo de entendimento, reconciliação e amizade. "Perdoamos e pedimos perdão" _ repetem hoje, porque somente reconhecendo a verdade e renunciando ao espírito de vingança, evitaremos a interpretação unilateral da história e abriremos o caminho de hoje a uma proveitosa colaboração no futuro." (CM)







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