2005-09-20 19:01:43

Igreja na Italia reivindica tutela da familia fundada no matrimonio


A Igreja Católica na Itália condena qualquer intenção de equiparar ao matrimónio as chamadas uniões de facto ou as uniões homossexuais. Isso mesmo disse o Cardeal Camillo Ruini, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), na abertura do conselho permanente desse organismo.
Pronunciando-se contra as propostas de lei que prefiguram “um pequeno matrimónio”, o Cardeal Ruini lamentou a intenção de promover “qualquer coisa da qual não há nenhuma verdadeira necessidade e que poderá, pelo contrário, provocar um obscurecimento da natureza e do valor da família, bem como um gravíssimo dano ao povo italiano”.
O presidente da CEI reivindica, assim, “a tutela da família fundada sobre o matrimónio”, a qual deverá ser defendida “de qualquer ataque destinado a minar a sua solidez e a colocar em causa a sua existência”, como referiu Bento XVI aquando da última visita ao palácio do presidente da República Italiana.
“O matrimónio enquanto instituição não é uma imposição de uma forma exterior à realidade mais privada da vida, é, pelo contrário, uma exigência intrínseca do pacto de amor conjugal e da profundidade da pessoa humana”, acrescentou o Cardeal Ruini, citando o Papa.
Nesse sentido, o líder dos Bispos italianos considerou que “as várias formas modernas de dissolução do matrimónio – como as uniões livres e os casamentos à experiência, passando pelos pseudo-matrimónios entre pessoas do mesmo sexo – são expressão de uma liberdade anárquica, que se faz passara, de forma errada, pela verdadeira libertação do homem”.
Sobre o caminho a segui na legislação sobre estas uniões, o Cardeal Camillo Ruini defende que seja seguida a estrada do “direito comum” em vez de se criarem modelos legislativos que configurem “algo de semelhante ao matrimónio”.
Para a Igreja italiana, portanto, “o apoio à família legítima deve ser a primeira e verdadeira preocupação dos legisladores”.







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