DECRETO RELIGIOSO PALESTINO PROÍBE RELAÇÕES COM ISRAEL
Jerusalém, 15 set (RV) - A Sociedade Palestina de Estudos Religiosos emitiu
uma edito religioso que proíbe a normalização das relações com Israel, segundo o jornal
israelense "The Jerusalem Post". O jornal assinala que o decreto foi emitido em resposta
a uma manifestação religiosa feita, nesta semana, pelo xeque Mohammed Sayed Tantawi,
diretor da Mesquita al Azhar, da Universidade do Egito, a favor da normalização das
relações com Israel.
''O Islã não proíbe a normalização com outros países,
neste caso Israel, desde que a normalização não afete a religião'', disse Tantawi,
um dos eruditos muçulmanos do mundo árabe.
A Sociedade Palestina de Estudos
Religiosos disse que o decreto de Tantawi significava ''compartilhar com o infiel
suas ações malévolas'', algo proibido pelo Islã. Além disso, afirmou que a normalização
das relações com Israel representa reconhecer as agressões cometidas por uma potência
ocupante.
''É um dever religioso para todos os muçulmanos apoiar e ajudar seus
irmãos para tirar o inimigo de suas terras'', declarou o grupo religioso palestino.
Ao
criticar a mobilização de tropas egípcias ao longo da fronteira no sul da Faixa de
Gaza, a associação palestina disse que esperava que Tantawi emitisse um decreto ''convocando
os exércitos muçulmanos a expulsar os judeus do resto dos territórios palestinos,
em vez de posicionar tropas que defendam as fronteiras do inimigo''.
Na segunda-feira,
Israel completou a evacuação da Faixa de Gaza após 38 anos de ocupação. Em virtude
de um acordo entre o país e o Egito, cerca de 750 efetivos egípcios controlam a região
fronteiriça _ antes patrulhada pelos israelenses _ para impedir o contrabando de armas
e outros artefatos. (MZ)