2005-09-15 16:29:38

Grão-Rabinos de Israel recebidos por Bento XVI; endereçado ao Papa o convite a visitar Israel.


Bento XVI recebeu esta manhã na residência pontifícia de Castelgandolfo os Grão-Rabinos de Israel num encontro privado.
“Considero a vossa visita como mais um passo no processo de aprofundamento das relações religiosas entre católicos e judeus”, disse o Papa, menos de um mês depois da histórica visita à Sinagoga de Colónia, durante a XX Jornada Mundial da Juventude.
Este encontro em Castelgandolfo teve lugar no quadro das celebrações por ocasião dos 40º aniversario da declaração conciliar Nostra Aetate, dedicada ás relações da Igreja católica com as religiões não cristãs, publicada a 28 de Outubro de 1965.
Após o encontro, o Grão-Rabino sefaradi, Shlomo Amar, e o Grão-Rabino ashkenazi, Yona Metzger, revelaram à imprensa terem pedido ao Papa que condenasse a destruição de Sinagogas nos colonatos judaicos de Gaza.
“Estamos extremamente magoados pelos incêndios que tiveram lugar nas Sinagogas. O mundo deve fazer ouvir a sua voz, e mais ainda o Papa, para condenar qualquer acto deste género, tendo em vista lugares santos das religiões”, disse Shlomo Amar. Muitas Sinagogas foram destruídas e pilhadas por palestinianos depois da retirada de Israel da Faixa de Gaza.
Os líderes judaicos pediram ainda ao Papa que o dia 28 de Outubro, data da promulgação da declaração conciliar “Nostra Aetate” (28 de Outubro de 1964), sobre a Igreja e as religiões não-cristãs, seja consagrado ao ensinamento do documento e à importância da luta contra o anti-semitismo no mundo católico.
Bento XVI recordou, ele próprio, o início da reviravolta nas relações entre o mundo católico e o mundo hebraico, considerando a declaração “Nostra Aetate” como uma “pedra milenar”.
O discurso do Papa abordou, ainda, a situação da Terra Santa, lamentando que “muitas vezes a nossa atenção se vire para os actos de violência e terror, fonte de imensa tristeza para aqueles que ali vivem”.
Os dois Grão-Rabinos, por outro lado, reiteraram o convite endereçado a Bento XVI por Ariel Sharon para que visite Israel.
Estas duas grandes personalidades do judaísmo mundial já tinham estado no Vaticano a 16 de Janeiro de 2004. Naquela ocasião o diálogo entre católicos e ebreus fora definido por João Paulo II um sinal de grande esperança. “Não devemos – acrescentou – poupar nenhum esforço no sentido de trabalharmos juntos para construir um mundo de justiça ,de paz e de reconciliação entre os todos os povos.







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