O sinal da cruz é um gesto fundamental do cristão, salientou o Papa antes da recitação do Angelus falando da festa liturgica da Exaltação da Santa Cruz. Bento XVI recordou o 11 de Setembro e as vitimas do terrorismo pedindo a Deus que inspire os homens e mulheres de boa vontade a renunciar ao ódio e a construir um mundo de justiça. Aos chefes de estado e de governo que se vão reunir em cimeira em Nova Iorque, pediu medidas concretas contra a pobreza.

Fazer o sinal da cruz é o gesto fundamental da oração do cristão, é pronunciar um si visível e público Áquele que morreu por nós e que ressuscitou, a Deus que na humildade e fraqueza do seu amor é Omnipotente, mais forte do que todo o poder e inteligência do mundo. A próxima festa litúrgica da Exaltação da Santa Cruz que será celebrada quarta feira, dia 14, foi o tema das palavras que Bento XVI dirigiu a cerca de quatro mil pessoas presentes no pátio interno do Palácio Apostólico de Castelgandolfo para a recitação do Angelus deste domingo.
A Eucaristia – acrescentou – é mistério de morte e de glória como a cruz, que não é um incidente de percurso, mas a passagem através da qual Cristo entrou na sua glória e reconciliou a humanidade inteira, vencendo toda a inimizade.
Depois da recitação do Angelus o Papa formulou votos que a cimeira que terá inicio na próxima quarta feira na sede das Nações Unidas adopte medidas concretas contra a pobreza.
“Na próxima quarta feira terá inicio em Nova Iorque, junto das Nações Unidas, uma cimeira de Chefes de estado e de Governo que discutirá temas importantes que dizem respeito á paz mundial, ao respeito dos direitos humanos e á promoção do desenvolvimento e ao reforço da Organização das Nações Unidas”.
Como de costume, também a Santa Sé foi convidada e o Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado, será o meu representante - acrescentou Bento XVI – que formulou votos fervorosos para que os governantes ali reunidos encontrem soluções idóneas para alcançar os grandes objectivos estabelecidos, em espírito de concórdia e generosa solidariedade, salientando a concluir:” em particular faço votos que se consigam sucessos na adopção de medidas concretas eficazes para responder aos problemas mais urgentes que têm a sua origem na pobreza extrema, nas doenças e na fome que afligem tantos povos”.
Bento XVI recordou também o 11 de Setembro e as vitimas da violência terrorista no mundo.
Dirigindo-se aos peregrinos de língua inglesa presentes em Castelgandolfo para a recitação do Angelus o Papa pediu a Deus que inspire “os homens e mulheres de boa vontade a renunciar ao ódio e a construir um mundo de justiça, solidariedade e paz”.
Numeroso neste domingo o grupo de peregrinos de língua portuguesa ao qual Bento XVI dirigiu uma saudação especial.

Saúdo a todos os peregrinos de língua portuguesa, em particular ao grupo de Mondim de Basto, Ribeira de Pena e Sabrosa, em Portugal, desejando que esta romagem fortaleça a vossa adesão a Cristo nas decisões – grandes e pequenas – da vida, sobre a qual estendo a minha Bênção Apostólica.