2005-08-28 16:58:22

A JMJ de Colónia, "extraordinária experiência eclesial": o Papa, neste domingo, ao meio-dia, antes do Angelus, em Castelgandolfo.


A oito dias da celebração eucarística conclusiva da JMJ de Colónia, foi a este acontecimento que Bento XVI dedicou a alocução dominical do meio-dia, em Castelgandolfo. O Papa considerou este Encontro Mundial como “um acontecimento providencial para toda a Igreja”, “extraordinária experiência eclesial”.
“Os jovens lançaram aos seus pastores, e de certo modo a todos os crentes, uma mensagem que é ao mesmo tempo um pedido: Ajudai-nos a ser discípulos e testemunhas de Cristo.”. “Os jovens partiram de Colónia de regresso às suas terras animados de uma grande esperança, mas sem perder de vista tantas dificuldades, obstáculos e problemas que neste nosso tempo acompanham a autêntica busca de Cristo e a fiel adesão ao seu Evangelho”.
O Papa convidou os jovens, mas também as comunidades e os seus Pastores a “tomarem cada vez mais consciência de um dado fundamental para a evangelização”: “quando Deus não ocupa o primeiro lugar, quando não é adorado e reconhecido como o Bem supremo, está em perigo a dignidade do homem”. É portanto urgente levar o homem de hoje a “redescobrir” o autêntico rosto de Deus, que se nos revelou em Jesus Cristo. Também a humanidade do nosso tempo poderá assim, como os Magos, prostrar-se diante d’Ele e adorá-Lo.
Bem expressivamente, Bento XVI observou que “a adoração não é um luxo, mas sim uma prioridade”. Procurar Cristo deve ser, portanto, uma incessante aspiração dos crentes, dos jovens e dos adultos, dos fiéis e dos pastores. Há que encorajar, apoiar, orientar esta busca. Até porque “a fé não é mera adesão a um conjunto de dogmas que apagaria a sede de Deus presente no espírito humano. Bem ao contrário: a fé projecta o homem, em caminho, no tempo, em direcção a um Deus sempre novo na sua infinitude. O cristão é, portanto, ao mesmo tempo alguém que procura e que encontra. Eé precisamente isto que torna a Igreja jovem, aberta ao futuro, rica de esperança para toda a humanidade”.
A concluir a sua alocução dominical, neste dia da festa de Santo Agostinho, Bento XVI evocou as reflexões do grande Bispo de Hipona sobre o Salmo104: “Procurai sempre o seu rosto”. Santo Agostinho fazia notar que este convite não vale só para esta vida, vale também apra a eternidade. “A descoberta do rosto de Deus nunca se esgota. Quanto mais entramos no esplendor do amor divino, mais belo se torna prosseguir na busca, pois – observava Agostinho – “na medida em que cresce o amor, cresce a busca d’Aquele que foi encontrado”. É esta precisamente, concluiu o Papa, a experiência a que nós aspiramos do fundo do coração.







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