2005-08-26 11:04:16

Sinal de esperança para a Alemanha, para a Europa e para o mundo - a JMJ de Colónia: Bento XVI na audiência-geral desta semana, evocando a sua viagem


Mais de sete mil peregrinos enchiam quarta-feira a Aula Paulo VI, no Vaticano, na audiência-geral de Bento XVI. O Papa dedicou a sua alocução à Jornada Mundial da Juventude, de Colónia. Mas não faltou uma referência às calamidades naturais – incêndios e inundações – que têm afectado diversas regiões da Europa. Diringindo o seu pensamento “às regiões europeias atingidas nos últimos dias por inundações ou incêndios, que infelizmente têm provocado vítimas e elevados prejuízos”, Bento XVI deplorou as “muitas famílias que ficaram sem casa” e as tantas pessoas que se vêem “confrontadas com trágicas dificuldades”, invocando do Senhor o prémio eterno para os que perderam a vida e assegurando a sua proximidade espiritual às pessoas afectadas, esperando que possam beneficiar da necessária solidariedade.
Na alocução aos peregrinos, evocando, passo a passo, as suas diversas intervenções em Colónia, o Papa sublinhou a mensagem de esperança que esta JMJ pode significar para a Europa e para toda a humanidade: “Do coração da velha Europa, que no séc. XX conheceu horríveis conflitos e regimes desumanos, os jovens relançaram à humanidade do nosso tempo a mensagem da esperança que não engana, porque fundada sobre a Palavra de Deus feita carne em Jesus Cristo, morto e ressuscitado para nossa salvação”.
“Em Colónia – prosseguiu o Papa – os jovens encontraram e adoraram o Emanuel no mistério da Eucaristia e compreenderam melhor que a Igreja é a grande família mediante a qual Deus forma um espaço de comunhão e de unidade entre todos os continentes, culturas e raças – uma ‘grande comitiva de peregrinos’ guiados por Cristo...” Aludindo á catequese por ele mesmo desenvolvida, na Missa de domingo passado, sobre a Eucaristia, Bento XVI voltou a recorrer à imagem da “fusão nuclear” que Jesus, na Eucaristia, realiza no mais profundo do ser de cada um que comunga no seu Corpo e Sangue. “Só esta íntima explosão do bem que vence o mal pode dar vida às outras transformações necessárias para transformar o mundo. Rezemos para que os jovens de Colónia levem consigo a luz de Cristo, que verdade e amor e a difundam por toda a parte. Poderemos assim assistir a uma primavera de esperança na Alemanha, na Europa e no mundo inteiro”.
Não faltou uma saudação em língua portuguesa: “Amados peregrinos vindos de Portugal e doutros países lusófonos, a todos saúdo com grande afecto e alegria, recordando Jesus que se fez nosso companheiro de viagem na Eucaristia. Tal foi a vivência dos jovens de Colónia. Como eles, detende vossos passos para adoração e comunhão da Eucaristia; abrasados por ela, ireis desencadear aquela fusão de amor que fará, da humanidade interia, uma só família – a família de Deus”


O Arcebispo de Sydney, na Austrália, Cardeal George Pell, recebeu com entusiasmo o anúncio do Papa Bento XVI de que a Austrália será a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude 2008 (JMJ), e assinalou que o evento ajudará a consolidar a fé dos católicos daquele país-continente. «Juntos reforçaremos a fé da Igreja na Austrália», disse o purpurado, ao comentar o anúncio oficial do Papa, proferido no domingo, depois da Eucaristia de encerramento das Jornadas Mundiais da Juventude, realizadas em Colónia.
O Arcebispo de Sydney ressaltou que a cúria da sua arquidiocese desde há três anos que vinha trabalhando neste projecto, conjuntamente com o governo australiano. «O plano elaborado é bastante consistente, apesar de termos ainda três anos até à realização do evento», explicou.
“Há cinco anos realizaram-se as Olimpíadas de Sydney, por isso, a cidade dispõe de óptimas estruturas para hospedar todos os peregrinos que virão», destacou o purpurado.
O Cardeal Pell indicou também que em Sydney «há quatro milhões de habitantes, dos quais um milhão são católicos. Os jovens católicos da minha cidade são como todos os ocidentais: capazes, têm fé, mas também tentações». «Espero que com isto possa ser reforçada a riqueza da nossa fé; em Sydney existem também muitos jovens sem religião e a minha intenção é que a JMJ seja para eles uma experiência forte», acrescentou.


.

Mais de dois milhões de pessoas – cerca de metade da população da Eritréia - são vulneráveis à desnutrição, à fome, à pobreza, e às enfermidades, e necessitam de ajuda alimentar - informa o Secretariado Católico da Eritréia (Eritrean Catholic Secretariat – ErCS), membro da rede Cáritas. A Cáritas Internationalis ajudou com 1,72 milhões de dólares americanos para cobrir as necessidades alimentares do sector mais vulnerável da população: menores de cinco anos, mulheres grávidas e mães lactantes, mulheres com carências nutricionais e em idade fértil, anciãos e enfermos crónicos.
Segundo fontes do ErCS, ascende a 2,33 milhões o número de pessoas afectadas pela seca, e delas, aproximadamente 600.000 têm um acesso reduzido ou nenhum acesso em absoluto aos sistemas de distribuição de alimentos. Também, 30% das crianças afectadas pela seca não recebem alimentos. Por outro lado, é necessário acrescentar à escassez de água e aos problemas de saneamento, danos nas infra-estrutura e precárias condições de vida. O índice de desnutrição do país está a aumentar a uma velocidade alarmante, assim como o do falecimento e enfermidades vinculadas ao HIV/AIDS.
A Cáritas internationalis é uma confederação de 162 organizações católicas de assistência, desenvolvimento e serviço social, com presença em mais de 200 países.

.

A diocese portuguesa de Évora irá realizar um Congresso Eucarístico, de 26 de Setembro a 1 de Outubro próximo, que congregará esta Igreja local a reflectir sobre a centralidade da Eucaristia na vida do Católico nos dias de Hoje.
Recorde-se que, por iniciativa de João Paulo II, desde Outubro de 2004 até Outubro de 2005, a Igreja está a viver um ano dedicado à Eucaristia. Várias Igrejas particulares estão empenhadas na realização de jornadas, congressos e outras iniciativas para assinalar o final deste ano da Eucaristia. “A nossa Igreja de Évora também já foi convocada para a realização de um Congresso Eucarístico nos próximos meses de Setembro-Outubro” – refere a carta de apresentação do congresso. Tratando-se de um congresso de uma Igreja local, “o importante é mobilizar a Diocese para as acções mais importantes, desde as pequenas comunidades que raramente celebram a Eucaristia, até àquelas Paróquias que, felizmente, ainda podem contar com várias celebrações ao Domingo”.
De 26 de Setembro a 1 de Outubro, em Évora, está prevista a realização de três encontros catequético-celebrativos nas paróquias e outros grupos que “venham a constituir-se com esta finalidade”.
No dia 2 de Outubro, Domingo, haverá uma concelebração Eucarística na Sé de Évora, presidida pelo bispo da diocese, D. Maurílio de Gouveia, no decorrer da qual serão ordenados presbíteros. À noite, está previsto um concerto na Igreja do Carmo com a actuação do Eborae Musica. Os temas estarão relacionados com a Eucaristia.
Nos dias 3 e 4 de Outubro decorrerão em Évora, no Fórum Eugénio de Almeida, as jornadas Eucarísticas promovidas pelo Instituto Superior de Teologia de Évora. O dia 4 de Outubro terminará com uma adoração Eucarística na Igreja de Santo Antão.
“O grande dia, e aquele que encerra o Congresso será o 5 de Outubro. Entre nós já está sempre reservado no calendário porque é o dia da Igreja Diocesana. Este ano vamos fazer dele um dia Eucarístico por excelência com a concentração na Igreja de S. Francisco, às 10 horas, onde haverá uma apresentação multimédia intitulada “itinerários eucarísticos”, e donde sairá, às 11 horas, a procissão para a Sé, terminando com uma solene concelebração às 12 horas” –sublinha o documento


Cerca de 130 milhões de mulheres são vítimas de infibulação, mutilações genitais, - informa a Agência Fides, órgão informativo da Congregação para a Evangelização dos Povos. O estudo em questão refere que cada ano são mutiladas cerca de 3 milhões de pré-adolescentes, ou seja uma menina em cada quatro minutos.
Esta agência católica de informação analisou dados “dramáticos”, baseando-se em estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O dossier da Fides tem por título «Sou africana».
Segundo a investigação, a África sub-sahariana é a área do planeta na qual estas práticas estão mais difundidas, mas também se alarga a vários países árabes, em particular ao Egipto e Iemen. O dossier sublinha que os primeiros que se opuseram ás mutilações genitais femininas foram os jesuítas no século XVII. Contudo, o problema não foi enfrentado seriamente pelos europeus até inícios do século XX.


A Santa Sé pediu que a comunidade internacional estabeleça um tratado para acabar com as bombas de fragmentação. O pedido foi apresentado pelo arcebispo Sivano Maria Tomasi, observador permanente junto das Nações Unidas, em Genebra, ao participar na secção do grupo de especialistas governamentais dos Estados que apoiam a Convenção sobre a proibição ou limitação do uso de algumas armas convencionais que podem produzir efeitos traumáticos ou indiscriminados.
“São milhares os mortos, os feridos, os deficientes, vítimas das bombas de fragmentação e é possível constatar os obstáculos ao regresso de refugiados, em várias regiões contaminadas pelas bombas de fragmentação que não explodiram” - denunciou o arcebispo.
Estas bombas de fragmentação foram utilizadas em conflito recentes, como na Guerra do Golfo de 1991, na guerra de Kosovo em 1999, no Afeganistão (2001-2002) e especialmente no início da guerra no Iraque, em 2003. “Utilizaram-se bombas que, ao cair, espalham num vasto território bombas menores que com frequência não estouram” - declarou ainda D. Tomasi, explicando as razões de sua proposta.
“Portanto, tem consequências posteriores, quando crianças ou trabalhadores, por exemplo camponeses, retomam a vida normal. Nesse momento, essas bombas estouram, criando milhares de vítimas ou pessoas feridas e mutiladas” - indicou.

“Embora longe, não podemos ficar insensíveis ao drama vivido por tantas famílias portuguesas” – escreveu D. António Sousa Braga, bispo de Angra, numa nota pastoral sobre o flagelo dos incêndios no continente. Esta tragédia é “um somatório de muitos factores, em que entram não só a responsabilidade governativa, mas também a consciência cívica de um povo” – revela o documento divulgado hoje, 23 de Agosto.
Perante este cenário dantesco, D. António Sousa Braga determina que os ofertórios das Missas Dominicais de um fim-de-semana do mês de Setembro se destinem aos sinistrados dos incêndios. “Os donativos devem ser remetidos para a Caritas dos Açores, que os fará chegar aos destinatários, através da Caritas Nacional. A vantagem destes canais é a possibilidade de ajudar imediatamente as pessoas «no terreno»” – refere o documento
Esta é a segunda vez que, no Ano Pastoral 2004/05, a Caritas dos Açores lança uma campanha de solidariedade, para responder a uma situação de emergência. A primeira foi por ocasião do Natal, para socorrer os sinistrados do “tsunami” asiático. “Agora é para ir ao encontro de uma emergência a nível nacional. Tem sido notória a generosidade dos açorianos, nestas circunstâncias, conhecendo como conhecem as consequências das catástrofes naturais e o lenitivo dos gestos de solidariedade, vinda também do exterior” – acentua o prelado açoriano.



Portugal e França estão a colaborar no projecto de um avião que poderá ser adoptado como principal meio de combate a incêndios, caso as protecções civis dos dois países optem pela estratégia da "reacção rápida" aos fogos.
José Elias de Freitas, administrador do Parque de Ciência da Universidade Nova de Lisboa, onde o projecto está a ser desenvolvido, disse à Lusa que com o avião Skylander, Portugal poderá ter uma frota de aviões de combate ao fogo que custam um quinto dos Canadair utilizados por outros países.
Contra os 25 milhões de euros que custa um Canadair, um Skylander custará cerca de cinco milhões. Enquanto um Canadair leva uma carga de água de seis toneladas, o Skylander poderá transportar 3,3 toneladas de água com retardante.
"Apenas quatro aviões bastariam para vigiar os maciços florestais em Portugal", disse José Elias de Freitas.



O desmantelamento dos colonatos israelitas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia previsto pelo plano do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, terminou hoje, segundo anunciou o responsável policial Ben Yishai. "Os colonatos de Homesh e Sa-Nur [na Cisjordânia] foram já evacuados", afirmou Ben Yishai, chefe-adjunto das forças de segurança para o desmantelamento israelita.
Os habitantes dos dois outros colonatos judeus no norte da Cisjordânia, Ganim e Kadim, saíram também hoje, mas pelo seu próprio pé. Na Cisjordânia, a evacuação registou-se apenas em quatro colonatos, dos 120 existentes naquele território.
Israel pôs fim à colonização da Faixa de Gaza ao evacuar ontem Netzarim, o último dos 21 colonatos judeus deste território palestiniano ocupado há 38 anos.
No norte da Cisjordânia a segurança vai continuar a ser assegurada por Israel, enquanto na Faixa de Gaza passará para as mãos dos palestinianos.
A evacuação dos colonatos, que teve início no dia 17, concretizou-se numa semana, em vez das quatro semanas inicialmente previstas, e desenrolou-se sem incidentes de maior.


Um dos vice-ministros iraquianos da Justiça, o curdo Hashim Ibrahim, escapou hoje a um ataque quando seguia de carro em Bagdad. Pelo menos quatro guarda-costas morreram e cinco ficaram feridos no atentado, avança uma fonte do Ministério do Interior.
“A viatura onde seguia [Hashim Ibrahim] não foi atingida pelos tiros de homens armados e continuou o seu caminho”, explicou a mesma fonte. Uma das viaturas da caravana de quatro carros ficou totalmente carbonizada e os quatro ocupantes morreram. Outros cinco guardas ficaram feridos neste ataque que aconteceu por volta das 09h00 locais entre os bairros Adl e Ghazaliya.
A caravana do mesmo dirigente foi ontem atacada com armas ligeiras a meio da tarde. Três guarda-costas ficaram feridos. Hashim Ibrahim não seguia em nenhuma das viaturas.
A ministra do Ambiente iraquiana, a curda Narmine Othmane, anunciou ontem ter escapado a uma atentado semelhante que também feriu três dos seus guarda-costas.

A rede Cáritas começou a distribuir nas províncias de Tanout e Dogondoutchi, Nigéria, cerca de 991 toneladas de alimentos que irão beneficiar cerca de 50 mil pessoas daquele país durante dez dias. Cada uma das famílias destinatárias deste envio de alimentos receberá um lote composto por 100 quilos de milho, 15 quilos de feijão e 5 litros de óleo. Segundo o testemunho dado pelas mulheres das aldeias onde a Cáritas está a começar a repartir esta ajuda alimentar, nos últimos seis meses as pessoas viviam à base de uma dieta de folhas e ervas silvestres.
Além destes lotes familiares, a Cáritas irá receber outro envio aéreo de 10 toneladas de óleo vegetal e outras 40 toneladas de Atmit, um composto nutricional enriquecido indicado para combater a desnutrição infantil.
Esta operação de distribuição alimentar para fazer frente à fome declarada na Nigéria soma-se ás 1.055,7 toneladas de alimentos que a rede Cáritas já repartiu até a data num total de 469 localidades a 127.509 beneficiários (20.187 famílias).



Na Igreja da Reconciliação de Taizé, cheia de jovens e com a participação de representantes das diferentes Igrejas e comunidades cristãs, foram celebradas nesta terça-feira, 23 de Agosto, as exéquias do irmão Roger Schutz, fundador daquela Comunidade Ecuménica.
Como já ontem informávamos, as exéquias foram presididas pelo cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, que celebrou a eucaristia junto a quatro sacerdotes que pertencem a esta comunidade ecuménica, e leu uma mensagem de Bento XVI.
No texto, transmitido pelo cardeal Angelo Sodano, o Bento XVI constata que em Taizé numerosas gerações de cristãos, respeitando as suas próprias confissões, realizaram “uma autêntica experiência de fé, no encontro com Cristo, graças à oração e ao amor fraterno”.

No início da celebração, o irmão Alois, novo prior da comunidade, confiou ao perdão de Deus Luminita Solcan, que “com um acto in-sano pôs termo à vida de nosso irmão Roger”. O irmão Alois, católico alemão, recordou que o irmão Roger repetia com frequência estas palavras: «Deus está unido a cada ser humano, sem excepção».
O cardeal Kasper sublinhou na mensagem de saudação que dirigiu no início que “mais que um guia ou um mestre espiritual, o irmão Roger foi para muitos como um pai, como um reflexo do Pai eterno e da universalidade de seu amor”. Recordando o sofrimento experimentado pelo irmão Roger por causa da divisão entre os cristãos, explicou que “queria viver a fé da Igreja sem divisão, sem romper com ninguém, numa grande fraternidade”. “Antes de tudo, acreditava no ecumenismo da santidade, essa santidade que muda o fundo da alma e que é a única que leva para a comunhão plena”, declarou.

Milhares de pessoas dos cinco continentes vieram à pequena localidade da Borgonha para rezar pelo religioso que foi assassinado aos noventa anos de idade, a 16 de agosto, por uma mulher romena, de 36 anos, aparentemente desequilibrada.
Os restos mortais do irmão Roger foram sepultados, após a celebração na presença unicamente dos irmãos da comunidade, no pequeno cemitério que rodeia a igreja românica do povoado de Taizé, onde descansam sua mãe e vários irmãos.
.


O Ministério do Interior britânico divulgou uma lista exaustiva de "comportamentos inaceitáveis" que justificam a expulsão ou a proibição de entrada no país dos respectivos autores, uma medida para tornar mais eficaz a luta anti-terrorista.
"A ameaça terrorista permanece real e significativa no Reino Unido e é normal que o Governo... faça tudo ao seu alcance para contrariar essa ameaça", declarou o ministro do Interior, Charles Clarke, num comunicado divulgado em Londres.
A lista de "comportamentos inaceitáveis no Reino Unido" inclui acções como "fomentar, justificar e glorificar a violência terrorista", "tentar provocar actos terroristas" ou "fomentar o ódio, passível de desencadear actos de violência entre as diferentes comunidades no Reino Unido".
O comunicado frisa que a intenção do Governo não é "limitar a liberdade de expressão nem o debate legítimo sobre religião ou outros temas".
A divulgação desta lista insere-se num conjunto de medidas decididas na sequência dos atentados terroristas de 7 de Julho em Londres e do anúncio feito pelo primeiro-ministro, Tony Blair, de uma mudança das "regras do jogo" em relação aos radicais islâmicos residentes no país.


O fundo mundial de luta contra a sida, tuberculose e paludismo decidiu suspender as suas verbas para o Uganda, depois da descoberta de "graves irregularidades" na gestão dos apoios atribuídos ao país, anunciou hoje o organismo das Nações Unidas.
Em comunicado, o fundo mundial explicou que uma auditoria revelou "graves irregularidades da unidade de gestão de projecto do Ministério da Saúde" ugandês. Esta entidade ao serviço do Governo de Kampala é responsável pela gestão da ajuda entregue pelo fundo mundial, que não trabalha directamente no terreno mas remete a distribuição das verbas de apoio a instituições especializadas.

A auditoria revelou ainda "um controlo e uma contabilidade inadequadas das subvenções" sob gestão do intermediário do Ministério da Saúde. Segundo o comunicado do fundo mundial, as verbas de apoio, que representam 201 milhões de dólares (164 milhões de euros), sendo que 45,4 milhões de dólares (37,1 milhões de euros) já foram atribuídos, serão retomadas se o Uganda decidir rever o seu mecanismo de distribuição de verbas até Outubro.


Em Portugal, o Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu hoje uma "meditação séria" no país sobre a reestruturação florestal e a possibilidade de tornar coerciva a limpeza das florestas.
Numa visita do chefe do Estado ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), onde foi informado sobre a situação dos incêndios que lavram no país, Jorge Sampaio voltou a apelar à união e solidariedade no combate aos fogos, mas destacou sobretudo a necessidade de "ir à raiz" do problema.
Salientando o facto de actualmente 90 por cento da floresta ser privada, havendo "uma enorme percentagem que não é limpa", o Chefe de Estado defendeu, a título pessoal, que "está a chegar o momento de equacionar" a aplicação do princípio da obra coerciva à limpeza das florestas, "tal como acontece com os prédios nos aglomerados urbanos".
Face aos danos que os fogos "projectam na comunidade" nacional, esta é uma questão que, no entender de Jorge Sampaio, "não pode ser compatível com a ausência da capacidade de intervenção junto daqueles que são proprietários e que não cuidam da floresta que têm a seu cargo".



O fundo mundial assegura não existir "nenhuma prova concreta de corrupção ou fraude" mas sublinha que retirou a confiança à unidade de gestão de projecto do Ministério da Saúde e defende que esta entidade deve ser abolida. O organismo da ONU justifica a sua desconfiança com "certas despesas impróprias, inexplicadas ou mal definidas" pela entidade tutelada pelo Governo ugandês.

O fundo mundial de luta contra a sida - uma parceria pública/privada criada pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em Janeiro de 2002 - adiantou que será posto em prática um programa provisório para permitir que continuem os tratamentos antiretrovirais e a distribuição de preservativos no Uganda, considerado um país modelo na luta contra a sida em África.


Na semana passada, o fundo mundial decidiu suspender as suas actividades na Birmânia, devido às restrições impostas aos deslocados pela junta no poder no país.



Entretanto, um helibombardeiro que prestava auxílio no combate aos fogos caiu hoje na região da Boavista, em S. Pedro do Sul. O piloto sobreviveu e foi transferido com ferimentos ligeiros para o Hospital Distrital de Viseu.
De acordo com a rádio No Ar, de Viseu, citada pela agência Lusa, o helibombardeiro operava no incêndio que lavra no concelho de Valadares quando, por volta das 12h30, começou a registar problemas. O piloto teve apenas tempo de afastar a aeronave da zona de incêndio e acabou por despenhar-se num descampado na região da localidade de Boavista.

A queda ocorreu após uma descarga de água sobre a zona de incêndio, na sequência da qual o piloto realizou uma manobra em curva mais apertada. O motor PT-6 do helibombardeiro Air Tractor perdeu potência e a aeronave começou a perder altitude.

Amigos

No rescaldo da recente Encontro Mundial dos Jovens, em Colónia, com a participação de Bento XVI, é a esse importante acontecimento que vamos dedicar a maior parte da nossa emissão de hoje.
E fazamo-lo começando por fazer a reportagem da audiência-geral desta quarta-feira, dedicada pelo Papa precisamente a este tema.
Seguidamente, desejando passar em resenha os momentos mais salientes da actividade papal nos últimos oito dias, evocaremos alguns dos principais acontecimentos de Colónia, nomeadamente a sua visita à Sinagoga, o encontro ecuménico com representantes de outras confissões cristãs, idêntico encontro com alguns elementos de comunidades muçulmanas da Alemanha e, finalmente, a homilia da Missa de domingo, na conclusão da XX JMJ.
A entremear estas diversas evocações, ouviremos uma passagem do hino desta Jornada Mundial, cantado em alemáo por ocasião do encontro de Bento XVI com os seminaristas presentes em Colónia.
Concluiremos a nossa emissão com um bloco de notícias.
Hoje convosco ao microfone, Dulce Araújo, Antonio Pinheiro e Pacheco







All the contents on this site are copyrighted ©.